quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Namorar faz bem!

 Entenda o que melhora na saúde de quem dá e recebe afeto



Existem alguns aspectos em nossa vida que fazem parte do que chamamos de 'desenvolvimento saudável' do ser humano. Cuidados com a saúde, como alimentação equilibrada e atividades físicas, momentos de lazer, moradia e acesso aos recursos de saúde (prevenção e tratamento), a qualidade de nossos relacionamentos interpessoais e familiares. Enfim, podemos citar diversas situações e atitudes que propiciam um desenvolvimento físico, mental e social saudável do ser humano. Entre estes aspectos, destacamos os relacionamentos afetivos, em especial o de caráter sexual.


O caráter sexual dos relacionamentos não diz respeito unicamente ao sexo em si; mas a qualquer relação envolvendo duas pessoas em que há uma troca afetiva e um interesse mútuo, e que dê prazer às pessoas envolvidas, ou seja, que esta relação de alguma forma satisfaça ambas as partes em seus interesses. E, aqui, vale fazer uma ressalva: vivemos em um tempo em que tudo se dá de maneira muito rápida e intensa, o que se reflete em nossos relacionamentos. Contatos superficiais emocionalmente, mas repletos de intimidade física são cada vez mais comuns, e cada vez mais precocemente observados.
Contudo, quando nos deixamos levar pela impulsividade dos tempos modernos, consequentemente perdemos a oportunidade de usufruir do melhor que o contato com outra pessoa pode nos proporcionar – por exemplo, o contato pele-a-pele e olho-no-olho do namoro tradicional, não “virtual”.
Em geral, o namoro é o momento de nossas vidas que nos permite realizar as mais intensas trocas afetivas. É quando nos abrimos emocionalmente para o outro, e nos deparamos com os sentimentos desta outra pessoa, diferente de nós, o que exige uma certa maturidade para que este relacionamento dê certo. Se não há tal maturidade, ela precisa ser desenvolvida, o que é ótimo para nossa vida social como um todo, na medida em que no nosso dia-a-dia, encontraremos indivíduos que pensam e agem das mais diversas maneiras, e com os quais não podemos simplesmente “romper” como fazemos em um namoro.

Além do benefício “maturidade emocional”, vários estudos indicam que o namoro é muito benéfico à saúde física e psicológica do sujeito. Quando a união é de cumplicidade e respeito (pois sabemos que há exceções!), o namoro diminui o estresse cotidiano. Como o estresse tem estreita ligação com nosso sistema imunológico, menos estresse significa imunidade em alta, e mais disposição para a realização de nossas atividades. Pesquisas demonstram que o simples toque do companheiro(a), sujeito que transmite confiança, é capaz de ativar reações neurológicas que reduzem, por exemplo, o medo e a ansiedade em face de situações ameaçadoras ou dolorosas.
Sendo assim, um namoro saudável, em que há troca afetiva baseada na cumplicidade e no diálogo, aumenta a auto-estima dos 'enamorados', reduz o estresse e as tensões provenientes da rotina diária, auxilia no controle da ansiedade e nos dá segurança para enfrentar situações adversas que possam surgir repentinamente. Namorar é bom, e faz bem!

* Gláucia da Silva Veigas de Macedo - Psicóloga e Especialista em Desenvolvimento Humano

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