quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Entrevista com Dr. Ozório Carvalho Chaves – Cirurgia Plástica

 
Dr. Ozório Carvalho Chaves

Não é necessário falar que a beleza está em alta, basta andar nas ruas para constatar que as mulheres estão cada vez mais vaidosas. E é por isso que o Dr. Ozório Carvalho Chaves, 44 anos, tem em seu currículo aproximadamente 8 mil cirurgias plásticas. Formado desde 1991 em Cirurgia Plástica pela Unig, atual Universidade Iguaçu, Ozório fala dos cuidados que as pessoas devem ter na hora de escollher um cirurgião plástico e explica porque o Brasil é referência na área.

Parceiro do HINJA desde 2001, ele fala ainda das novas instalações da unidade e destaca a modernidade do Centro Cirúrgico.

Ozório é natural da capital paulista e chegou a Volta Redonda em 2002, a convite de uma amiga com quem trabalhou no hospital de Itatiaia, onde era concursado. Com 17 anos de profissão, é hoje um profissional conhecido e respeitado pelo que faz.



Entrevista

A busca pelo corpo perfeito aumenta a cada dia, , inclusive entre o público jovem. Existe uma idade predeterminada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para a realização de plásticas?

Dr. Ozório Chaves - Na verdade, não tem nenhuma idade que a Sociedade determine como padrão mínimo para cirurgia plástica estética. Existe é indicação, por exemplo: quem tem orelha de abano tem que chegar a maturidade da cartilagem da orelha, para poder realizar a cirurgia com sucesso, porque se você fizer antes de atingir a maturidade da cartilagem, você vai impedir a formação correta dela, aí acaba causando deformidade. No caso da orelha de abano, a idade mínima é sete anos. Menos que sete anos não se deve operar. No caso de mama, já coloquei próteses em garotas de 15 anos, porém era moças que tiveram a menarca (primeira menstruação) com nove anos, então aos 15 elas já tinham o corpo quase todo formado. Da mesma forma, já operei paciente com 75 anos.

Quais são as principais restrições em relação à cirurgia plástica?

O.C - Os cuidados são os exames pré-operatórios, que têm que ser bem feitos, como exames de sangue, de urina, radiografia de tórax, eletrocardiograma. Esses são exames específicos para todos. Porém, no caso em que o paciente tenha feito reposição hormonal, por exemplo, existem exames específicos para saber se o tratamento está adequado. Cada caso é um caso, que exige mais ou menos pedidos de exame. O paciente que já tem história de infarto deve fazer um pré-operatório mais rigoroso. Mas é importante destacar que uma coisa que atrapalha muito e pode até contribuir para complicações cirúrgicas são as drogas de uso controlado como as anfetaminas.

Qual é o problema de se fazer uma cirurgia estando com anemia, por exemplo?

O.C. - A maioria das cirurgias implica em perda sanguínea, umas mais outras menos. Então, se o paciente já tem uma anemia, isso pode acarretar até numa transfusão de sangue. Por isso, em uma cirurgia plástica eletiva (com data marcada), o ideal é não operar. Agora, no caso de uma histerectomia, por exemplo, que tem que tirar o útero, deve-se operar e depois repor o sangue, pois se não retirar o útero, a paciente vai continuar sangrando e, consequentemente, vai continuar com anemia. É preciso acabar com a causa, e a única maneira de fazer isso, é tirando o útero.

Quais são os tipos de plásticas mais procurados?

O.C.- Aqui no meu consultório varia muito. Tem mês que tem muita plástica de prótese de mama e, às vezes, muita lipo. Depende da época do ano. No mês de julho, a maior procura é por lipoaspiração e já nos meses de janeiro e fevereiro, aumenta a procura por prótese de mama. Mas, no fim, mama, abdome e lipo são as cirurgias mais procuradas.



Que período você aconselha para a realização de cirurgias plásticas?

O.C. - O clima não influencia no resultado, influencia um pouquinho na qualidade da recuperação do paciente. Para o paciente mais sensível ao frio, é melhorar operar no verão, e vice-versa.

Muitas pessoas têm medo de anestesia, por causa de algumas verdades e mitos que são disseminados. A anestesia oferece algum risco ao paciente?

O.C. - Na verdade, não é só a anestesia que oferece risco é o ato cirúrgico. É evidente que nas cirurgias plásticas estéticas, temos que correr os menores riscos possíveis. As complicações de parto são mais frequentes que as de plásticas. Explico mais ou menos como é o ato cirúrgico, a técnica cirúrgica, falo como que usamos a anestesia geral, qual é a melhor anestesia para cada tipo de cirurgia e, depois disso tudo, o paciente passa pelo meu anestesista, que vai tirar mais algumas dúvidas. Ele vê se o paciente tem alguma alergia a alguma coisa e se já foi submetido a algum procedimento cirúrgico. Isso tudo orienta o anestesista sobre qual a melhor anestesia a ser utilizada e quais as melhores medicações. Esse procedimento acaba esclarecendo e transmitindo mais confiança ao paciente.

Na mamoplastia, por exemplo, que tipo de anestesia é utilizado?

O.C. - Existem vários tipos de anestesia. Pode ser anestesia local, peridural torácica, geral, anestesia com bloqueio intercostal ou anestesia local com sedação, tudo vai depender da paciente, do anestesista e do cirurgião. A melhor anestesia para mamoplastia redutora é , sem dúvida, a geral. Mas já para uma cirurgia de prótese de mama, pode ser a local com sedação, tudo depende de cada paciente. Mas é evidente que cada anestesista vai fazer a técnica que ele tiver mais habilidade.

Quais são os cuidados que o paciente deve ter durante o período de recuperação?

O.C. - De um modo geral, o paciente deve ter cuidado com os esforços desnecessários. O cuidado especial que a gente tem hoje é quanto à vascularização do paciente. O paciente que fica muito tempo acamado facilita a coagulação intravascular. Então tem que fazer o paciente andar cedo para começar a ter uma atividade circulatória melhor. Em alguns tipos de cirurgias, o paciente pode ter a área ventilatória diminuída. Exemplo disso é a plástica de abdome, que acaba apertando o abdome e elevando o diafragma, diminuindo a capacidade física da caixa torácica. Então é interessante fazer exercícios respiratórios. Além disso, é importante ter cuidado com os curativos.

Você afirma que parte do sucesso de uma cirurgia é proveniente do repouso?

O.C. - Hoje a gente não preconiza muito repouso depois da cirurgia. Muito pelo contrário, a gente aconselha que o paciente volte mais rápido possível às atividades. O repouso em si não é muito relevante para a cirurgia. Mas alguns esforços são desnecessários, como pegar peso, por exemplo. O que pode realmente prejudicar o resultado da cirurgia é um trauma direto na área cirúrgica, que pode trazer problemas sérios.

 

Muitos procedimento cirúrgicos são realizados em clínicas que não possuem recursos para socorrer o paciente caso haja alguma complicação cirúrgica. Quais são os riscos que o paciente corre ao escolher uma dessas clínicas?

O.C. - A nossa equipe trabalha correndo os menores riscos possíveis. O risco mais grave é você não ter condições e suporte no momento de uma complicação cirúrgica, o que seria uma complicação seríssima. Porém, as complicações são muito mais raras em cirurgia plástica. É mais fácil a pessoa ter complicações numa gestação do que numa plástica, desde que o procedimento seja realizado por um profissional qualificado. É importante destacar que em um hospital bem equipado, tem pelo menos um cirurgião e um clínico de plantão. No caso de um acidente ou um desconforto do paciente, ele tem atendimento médico imediato. Já nas clínicas, não fica um médico de plantão para o paciente pós-operatório, fica o próprio cirurgião que, na maioria das vezes, está consultando ou operando. Ou seja, operar em hospital de grande porte é muito mais seguro do que em clínicas.

Você falou que hoje existem poucas complicações, mas entre eles qual é a que mais ocorre?

O.C. - No meu caso as complicações mais frequentes são referentes à cicatriz, porque a cicatriz não é uma coisa que depende da técnica cirúrgica, depende mais da qualidade de cicatrização do paciente. Então, o paciente que tem problema de cicatrização acaba se chateando um pouquinho, prolongando mais o tratamento. Mas, na maioria dos casos, as complicação são solucionadas.

Em cirurgia plástica, geralmente os profissionais são especializados em alguma área do corpo. Uns são bons em mama e outras em barriga, por exemplo. Por você realizar diversos procedimentos, como procura se aperfeiçoar nas diferentes áreas?

O.C. - Participo de congressos, ocasiões em que a gente tem opinião, experiências de outros cirurgiões e troca de ideias. Isso vainos atualizando, pois cada ano aparece uma técnica diferente e, normalmente, a gente começa a desenvolver essa técnica. Mas tudo depente da habilidade de cada cirurgião. Você faz a opção por uma técnica, aquela que você tiver mais experiência, mais habilidade e que você achar mais vantajosa. Às vezes, usar duas técnicas diferentes gasta-se muito mais tempo cirúrgico, então optar por aquela que eu gasto menos tempo cirúrgico e que o resultado vai ser semelhante. Quanto a habilidade, eu, particularmente, trabalho bem com lipoaspiração, com prótese de mama e plástica de abdome.

Mas tem alguma área que você goste mais?

O.C. - Eu gosto de fazer cirurgia de nariz, mas não faço com muita frequência porque hoje as pessoas se incomodam mais com a gordurinha localizada do que com a aparência do nariz.



Num momento em que homens e mulheres vivem o culto à juventude e a beleza, como você lida com a ética profissional, tema que vive esbarrando em assuntos poucos falados como limitações, resultados, falsas promessas e imperícias?

O.C. - É uma coisa que está muito na mídia. Na cirurgia plástica existem bons profissionais, mas também exstem profissionais que não são habilitados. Quando vem algum paciente e me pergunta: “Aquele cirurgião, o que o senhor acha dele?”. Pergunto ao paciente o se ele já fez uma pesquisa, principalmente se já viu pacientes operados por ele. Os médicos cirurgiões plásticos foram qualificados e tem muitos cirurgiões que migraram de outras áreas, como por exemplo: um otorrino que começa a operar nariz. Esses profissionais não tem a experiência gera de um cirurgião plástico. O importante é que o paciente conheça alguém que o profissional já tenha operado, porque exstem muitos profissionais que passaram em provas, estudaram, mas que não tem habilidade. Esses profissionais que se predispõem a fazer as cirurgias e que não estão habilitados, tem que ter responsabilidade pelos atos deles, e quem os julga é o CRM (Conselho Regional de Medicina) ou a Justiça.

Antes de procurar um cirurgião plástico, quais são os cuidados que as pessoas devem ter?

O.C. - Procurar médicos que fazem parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e, além disso, ver os resultados em pessoas que ele já tenha operado.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil é o segundo país do mundo em número de cirurgias plásticas realizadas. A que você atribui o crescimento do segmento?

O.C. - O Brasil é um país tropical e, por isso as pessoas usam poucas roupas. No calor, as pessoas usam roupas menores na praia, e isso incomoda quem tem gordurinha. Outra coisa que tem feito aumentar a procura por cirurgia plástica é o custo. Antigamente a plástica era quase inacessível para a classe média e, hoje, até as classes mais baixas fazem cirurgias plásticas por causa da facilidade de pagamento. Por ser uma referência mundial em cirurgias plásticas, existem no Brasil médicos muito habilidosos que apresentam bons resultados e isso estimula os pacientes.

Quais são as novidades que o Hinja oferece no segmento de cirurgia plástica estética e reparadora?

O.C. - A unidade é fantástica é o Centro Cirúrgico. Hoje o Hinja tem o Centro Cirúrgico mais moderno, pelo menos no estado do Rio, com instalações excelentes, materiais e equipamentos de última geração. E isso tudo repercute na cirurgia plástica.














































































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