Sabia que essa dor pode estar relacionada ao peso da mochila que a pessoa usou na época da escola? E sabia que seu filho pode ser o próximo a sofrer dores em um futuro não tão distante?
Existe uma relação bem forte entre o excesso de peso na mochila com alterações e dores na coluna e alterações na marcha (caminhar). Médicos indicam que o peso da mochila deve ser 10% o peso da criança. Se a criança tem 30 quilos, sua mochila deve pesar 3 quilos. Mas essa não é uma realidade que não se vê entre os escolares da rede pública e particular.
O excesso de peso nas mochilas é um problema grave que, além de dores nas costas, tem conseqüências irreversíveis em longo prazo para crianças, como escoliose idiopática infantil, que mesmo sendo congênita pode ser agravada por estes maus hábitos, além de cifose, hiperlordose da coluna lombar, da artrose precoce e má postura.
Uma situação menos provável, mas que pode acontecer, é as mochilas pesadas lesionarem as placas de crescimento dos ossos. Neste caso, como as crianças estão em fase de crescimento, isso faz com que os pequenos deixem de crescer.
Como solucionar o tema “mochila”? - Essa questão tem que ser resolvida pelos alunos, pais e escola. Cada um fazendo um pouco, o peso das mochilas pode diminuir, e muito. Aos pais cabe a fiscalização. Verificar as mochilas para observar se os pequenos estão levando utensílios inúteis e discutir com a escola maneiras para que essa mochila fique mais leve, como a utilização de armários para crianças deixarem algum material no próprio local de ensino.
As escolas podem formar o horário dos alunos levando em conta não somente a disponibilidade dos professores, como também a quantidade de matérias que cada série terá por dia. Quanto menos matérias ao dia, menor será a quantidade de material que o aluno levará para a escola.
Rodas nelas! - Mas os cuidados maiores ficam mesmo para as crianças. Uma boa medida são as mochilas de rodinha. A atenção fica para a altura da alça: a criança tem que ficar com a coluna retinha e não curvada para alcançá-la, pois uma alça mal regulada sobrecarrega o quadril e joelhos, o que pode causar inflamações e dor no crescimento.
A mochila carregada nas costas deve ser do tamanho da criança para ajustar-se bem à coluna e sem folga. A mochila solta pode puxar o corpo para trás e forçar os músculos, além de fazer a criança curvar os ombros para facilitar o equilíbrio. O fundo da mochila deve ficar apoiado na curva lombar da coluna. Nunca deve ficar a mais de 10 cm abaixo da região da cintura da criança.
As alças de ombro devem ser bem acolchoadas. Outro recado fundamental: nunca deixe seu filho levar a mochila numa única alça, isso sobrecarrega apenas um dos ombros. O material deve ser bem distribuído dentro da mochila. Os livros e cadernos mais pesados ficam bem rentes à coluna. Não deixe os materiais soltos na mochila, isso provoca movimentos de desequilíbrio e sobrecarga de impacto.
Uma parte do peso leve carregado na mão também ajuda a aliviar o peso. A troca de cadernos por fichário, levando apenas folhas novas à escola é outra dica.
Não esqueça que cuidando da mochila do seu filho você estará garantindo a saúde dele hoje e no futuro. O peso que muitas crianças carregam trazem patologias que com o passar dos anos tornam-se difíceis de tratar. Adotando regras simples podemos evitar um grave problema na fase adulta.
Dicas
As crianças gostam de novidades e tudo que está na moda e querem que os amiguinhos vejam. Se a mochila do seu filho já está pesada demais, convença-o para que leve a novidade no outro dia, fazendo surpresas em etapas.
Muitas crianças acham que é “pagar mico” ir de mochila de rodinhas. Conscientize-a sobre a importância desse instrumento ou garanta que use a mochila de alças adequadamente.
Lanches e lancheiras devem ser levados fora da mochila para evitar mais peso
Fonte: Guia do Bebê
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