HINJA realiza cirurgia de câncer por vídeolaroscopia em paciente com disfunção cardíaca grave

O HINJA saiu mais uma vez na frente dos outros hospitais particulares da região Sul Fluminense. O hospital realizou cirurgia de câncer por vídeolaroscopia em uma paciente com disfunção cardíaca (sequela de hipertensão não controlada, infarto do miocárdio ou doença do músculo cardíaco). O primeiro procedimento unindo duas técnicas, de cirurgia e terapia intensiva, foi realizado em setembro, para a retirada de um tumor intestinal. De acordo com o coordenador do CTI do HINJA, Dr. Luiz Alexandre Cabral Pinto, a cirurgia só foi possível devido à técnica de CTI chamada monitorização hemodinâmica. "O risco cirúrgico não permitiria", informou o médico.
A monitorização hemodinâmica consiste em um monitor que, em tempo real e de forma contínua, mantém sob vigilância a função cardíaca e circulatória, incluindo dados como: volume de sangue bombeado pelo coração, pressão arterial e oxigênio ofertado aos órgãos. “É um método invasivo, o qual necessita de inserção de cateter até o ventrículo cardíaco e a artéria do pulmão”, explicou o coordenador do CTI, acrescentando que, apesar de bastante consolidada no país, no Sul Fluminense esta técnica de monitorização só é realizada de forma rotineira no CTI do HINJA, entre todos os hospitais privados da região. O HINJA conta também com outra modalidade de monitorização hemodinâmica, chamada minimamente invasiva, sendo esta exclusividade do hospital em toda região.
O HINJA realiza cirurgia por vídeolaparoscopia para câncer do aparelho digestivo há dois anos, atualmente sob a responsabilidade das cirurgiãs Dra. Cristine Bastos e Dra. Suzana Lustosa, sendo que já foram feitos cerca de 30 procedimentos. Sobre a primeira cirurgia em paciente com disfunção cardíaca, Dra. Suzana ressaltou que o procedimento foi um sucesso. "A paciente foi internada na véspera no CTI, onde recebeu a instalação dos monitores especiais. Nas 12 horas precedendo a cirurgia, ela foi "otimizada" do ponto de vista da função cardiovascular. A monitorização acompanhou a paciente durante o ato operatório e no seguimento pós-operatório. Como resultado, a cirurgia foi realizada sem complicações, com um tempo total de internação equivalente ao de qualquer outro paciente", explicou a cirurgiã oncológica.
Entre os benefícios da cirurgia por vídeolaroscopia para câncer estão: menor dor, menor tempo de hospitalização e mais rápido retorno às atividades profissionais ou domésticas. A cirurgiã Dra. Suzana Lustosa fez questão de frisar que esta cirurgia é oferecida não só para pacientes de planos, mas também para a rede pública. Esta cirurgia, inclusive, foi realizada em uma paciente do UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia).

– Se não fosse o aparelho para monitorar meu coração, não poderia operar. A cirurgia foi um sucesso e a recuperação também. Tem um mês que operei e estou ótima, não sinto nada. Só não posso carregar peso e varrer a casa – porque tenho falta de ar, disse a paciente a professora Diana Thereza Paraguassu Cecchetti, de 67 anos. Ela fez questão de frisar que, além do aparelho, se não fosse o Complexo UNACON, ela também não sabe como faria a cirurgia: “Essa operação custa entre R$ 10 e R$ 20 mil. Fiz tudo pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”. Na operação foi retirado um tumor grande do intestino.
O coordenador da CTI fez questão de ressaltar que, no processo de internação, os recursos utilizados são sempre os mesmos, para qualquer paciente, seja UNACON ou privado. "O paciente da rede pública passa por uma triagem, para depois ser encaminhado para a especialidade cirúrgica. A autorização do procedimento cirúrgico é dada pela Secretaria de Saúde do município de origem", informou Dr. Luiz Alexandre.

UNACON

O Complexo Unacon faz parte do programa nacional de controle do câncer e oferece assistência especializada e integral aos pacientes com câncer, atuando na área de prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento do paciente. O Unacon VR – formado pelo HINJA e RADICLIN – conta com uma equipe multidisciplinar formada por médicos especialistas, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e nutricionistas.
Na unidade de Volta Redonda são realizados diagnósticos definitivos e o início do processo de tratamento dos cânceres mais prevalentes, ou seja, mais comuns, localizados nas seguintes áreas: Mastologia (linfadenectomia axiliar, mastectomia e quadrantectomia); Ginecologia (colo do útero, endométrio, ovário, vulva); Urologia (próstata, testículo, rim e bexiga); e Sistema Digestório (esôfago, estômago, hepatobiliar, pâncreas, cólon, reto, ânus e retroperitônio).
O complexo Unacon HINJA e RADICLIN está devidamente preparado para receber pacientes para procedimentos cirúrgicos, radioterápicos e quimioterápicos. Podem ser realizadas até 140 cirurgias oncológicas por mês. Para quimioterapia o UNACON pode receber 90 pacientes por dia e para tratamento com radioterapia a capacidade é para 110 pacientes por dia.