terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mitos e Verdades sobre os cremes antienvelhecimento

Tudo que é vivo, é programado um dia para morrer. Nossas células num geral também são geneticamente programadas para morrerem e este processo se chama “apoptose”(morte programada). O envelhecimento humano já gerou entre cientistas várias especulações para se justificar suas causas, aonde sabemos que existem aproximadamente 18 teorias para se explicar os mecanismos do envelhecimento, teorias estas nem sempre plausíveis. O envelhecimento é um processo resultante de fatores genéticos (envelhecimento intrínseco) e externos (envelhecimento extrínseco). O envelhecimento intrínseco está diretamente ligado ao nosso tempo de vida, e portanto é inevitável; já o extrínseco é relacionado a fatores externos como a radiação ultra violeta, stress, fumo, bebidas alcoólicas, entre outros.
Com isso, a cada dia, as empresas farmacêuticas e de insumos vêm investindo mais e mais em pesquisas, acompanhadas de estudos histopatológicos, comprovando a eficácia de vários cremes dermatológicos industrializados e manipulados. Este perfil de cremes com comprovação científica são hoje denominados cosmecêuticos.
Dentro desta grande infinidade de cosmecêuticos, cabe destacar alguns destes e suas verdadeiras funções:

RETINÓIDES TÓPICOS: promovem a proliferação da pele e formação de colágeno novo o qual é responsável pela elasticidade cutânea, promovendo melhora das rugas finas de expressão e da aspereza da pele além de diminuição e clareamento das lesões solares. Para alguns tipos de pele podem ser cremes irritantes no início de seu uso, mas usando-o em dias alternados e interrompendo-o dois dias antes de exposição solar tornam- se toleráveis pela grande maioria.

DMAE(dimetilaminoetanol): um dos cosmecêuticos mais badalados na última década, porém, no início, gerou algumas confusões em relação a sua real ação, já que se achava que era um creme que promovia uma diminuição da contração muscular local e conseqüente relaxamento das rugas. Hoje, já se foi comprovado em estudos que o DMAE, provoca um inchaço nos fibroblastos, promovendo uma sensação de estiramento da pele ou aumento de seu volume.

VITAMINA C: antioxidante que recupera os danos solares, além de hidratar e melhorar o brilho da pele.

ÁCIDO HIALURÔNICO: age como um bom umectante. Aumenta o espessamento da epiderme e promove a estimulação de ácido hialurônico na derme.

ALPHAHIDROXIÁCIDOS: relacionados a melhora do envelhecimento e clareamento da pele, ainda não se tem estudo histológico muito conclusivo em relação a este efeito, apesar de seu uso tópico propiciar melhora da textura e coloração da pele.

Dentre tantos outros ativos que as indústrias farmacêuticas têm lançado, existem uma infinidade de novos produtos com a proposta de melhorar o envelhecimento cutâneo, podemos também citar os mais novos como: coffeberry®, longevicell®,cryptophalus aspersa®, pro xylane®, meroxyl xl®, densi skin®, remoduline®,coenzima q10®, raffermine® e tantos outros que já existem e que virão.
O ideal para se previnir o envelhecimento cutâneo, é com certeza adquirir os bons hábitos, tais como, desde cedo usar os filtros solares, ter uma vida regrada e saudável com uma boa alimentação, evitando também bebidas alcoólocas em excesso e o hábito do fumo, além de tentar minimizar o stress.
Logicamente, ao primeiro sinal de envelhecimento, ou de preferência, antes do aparecimento deste, vale procurar o profissional dermatologista o qual lhe poderá indicar os cosmecêuticos mais adequados para cada situação. Lembrando sempre, que não existe nenhuma fórmula miraculosa para um envelhecimento já bem marcante. A prevenção ainda é o melhor remédio.

* Dra. Simone de Carvalho Reis Barreiros é Dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica.

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