Os principais fatores de risco (que favorecem) o câncer de colo uterino são:
1- Baixo nível sócio-econômico;
2- Precocidade na primeira relação sexual;
3- Promiscuidade (múltiplos parceiros);
4- Parceiro sexual de risco;
5- Multiparidade;
6- Primeira gestação precoce;
7- Tabagismo;
8- Radiação prévia;
9- Infecção por papilomavírus(HPV);
10- Herpes vírus;
Prevenção
A prevenção do câncer de colo uterino passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual desestimulando a promiscuidade. A nível secundário de prevenção está o exame ginecológico periódico.
O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer de colo uterino pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da doença.
O diagnóstico é predominantemente clínico. A coleta periódica do exame citopatológico do colo uterino (também chamado de exame pré-câncer ou Papanicolau) possibilita o diagnóstico precoce tanto das formas pré-invasoras (NIC) como do câncer propriamente dito. No exame ginecológico rotineiro, além da coleta do citopatológico, é realizado o Teste de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada) para detectar áreas não coradas, suspeitas. A colposcopia (exame em que se visualiza o colo uterino com lente de aumento de 10 vezes ou mais) auxilia na avaliação de lesões suspeitas ao exame rotineiro e permite a realização de biópsia dirigida (coleta de pequena porção de colo uterino) e conização, para estadiamento da lesão, fundamental para o estadiamento do câncer.
Estudos recentes têm demonstrado que o HPV pode ser precursor de lesões cancerígenas, já sendo utilizado uma vacina para prevenção, a vacina quadrivalente para os tipos: 6 ,11, 16 e 18.
Tratamento
Nas pacientes com diagnóstico firmado de câncer de colo uterino é necessária a realização de exames complementares que ajudam a avaliar se a doença está restrita ou não ao colo uterino: cistoscopia, retossigmoidoscopia, urografia excretora e, em alguns casos, a ecografia transretal.
O tratamento das pacientes portadoras desse câncer baseia-se na cirurgia radical e radioterapia. A quimioterapia tem sido empregada em protocolos de pesquisa. O tratamento a ser realizado depende das condições clínicas da paciente, do tipo de tumor e de sua extensão. Quando o tumor é restrito ao colo do útero os resultados da cirurgia radical e da radioterapia são equivalentes.
O tratamento cirúrgico consiste na retirada do útero, porção superior da vagina e linfonodos pélvicos. Pode ser realizada via abdominal ou via vaginal com laparoscopia. Os ovários podem ser preservados nas pacientes jovens.
O tratamento radioterápico pode ser efetuado quando o tratamento cirúrgico for contra-indicado e nos demais casos. Nas pacientes com envolvimento da bexiga e/ou reto a ra- dioterapia pode preceder à cirurgia.
* Dr. Gilberto de Paiva Lopes é Ginecologista / Obstetra
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