terça-feira, 31 de agosto de 2010

Infarto: O mal que atinge pessoas cada vez mais jovens!

O Infarto Agudo do Miocárdio é uma doença provocada pela ruptura de uma placa de gordura presente nas artéria coronária (vaso sanguíneo que irriga o músculo do coração) favorecendo a instalação de um coagulo bloqueando a irrigação. Tal placa de gordura é a aterosclerose que surge em uma população que apresenta um perfil de risco já bem conhecido de todos, ou seja, que apresentam os chamados Fatores de Risco. O perfil que se tem do paciente infartado é de um homem de meia idade ou idoso, tabagista, em tratamento para diabetes ou hipertensão arterial, obeso e sedentário. Porém, além deste paciente citado, observam-se atualmente pacientes que são vítimas de infarto com menos de 40 anos de idade, tanto homens como mulheres e até atletas. O que será que está motivando os jovens tido como saudáveis a infartarem? Será que estão realmente saudáveis? Respondo que não! Alguns jovens atualmente são muito mais estressados, fumam, estão obesos, sedentários, usam drogas, alimentam-se erradamente e dormem mal. Associado a tudo isto, existe um fator de risco de grande importância que é a herança genética. Pai ou mãe que infartou com menos de 50anos. Pronto! Assim teremos os fatores de risco para ocorrer um infarto em uma pessoa jovem!
Nos vários estudos científicos que abordam este problema, algumas características são similares. O tabagismo se mostra como um fator de risco de grande importância nos pacientes vitimados por infarto. Nas mulheres, a associação de anticoncepcional com tabagismo, favorecem o risco de ter um infarto oito vezes mais que uma mulher da mesma idade e sem esta associação. No mundo de hoje, onde as mulheres ocupam funções de acentuada carga de tensão, estão no mercado de trabalho competitivo e nas universidades, seria raro ver aquelas que fumam e usam anticoncepcional? Será que estas jovens estão se cuidando ou estão obesas e sedentárias? Assim não há proteção do estrogênio natural da própria mulher que dê conta! Ainda em relação às mulheres jovens vítimas de infarto, a mortalidade é maior em relação aos homens da mesma idade e isto está motivando novas pesquisas.
As drogas estão sendo consumidas pelos jovens e favorecendo o risco de infarto. A maconha tem a propriedade de favorecer a aterosclerose mais acentuada que o próprio tabagismo. A cocaína produz várias alterações cardiovasculares: acelera a aterosclerose, provoca aumento da coagulação sanguínea, produz espasmo da artéria coronária, acelera o coração e favorece o surgimento da hipertensão arterial.
Alguns suplementos dietéticos proibidos no Brasil usados para aumentar o performance físico de atletas são a base de efedrina e há relato na literatura médica de atletas vítimas de infarto.
Apesar da evolução da medicina com alta tecnologia e a população bem informada através de várias fontes (jornal, revistas, TV, internet e etc), não se tem conseguido alcançar um resultado considerado ótimo na prevenção da aterosclerose. O surgimento de infarto em jovens na cidade de São Paulo há dez anos eram menos de 6% na população, hoje já são 12%.
Assim sendo, as futuras gerações que estão chegando na fase de adultos jovens esperamos que se primam por um estilo de vida saudável e, os atuais adultos jovens, saudáveis ou já vitimados por um infarto, possam se conscientizar da necessidade de possuírem uma vida sem fumo, com atividade física e boa alimentação.


* Dr. Jorge Luiz Ferreira Brandão é Cardiologista

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Em claro e bom som

A língua presa pode ser revertida com tratamento fonoaudiólogo ou, em casos mais complexos, cirurgia.

Língua presa é um termo popularmente usado que se refere ao freio lingual curto ou a Anquiloglossia.
O freio lingual é uma prega de membrana mucosa, de aspecto fibroso, que vai da metade da face inferior da língua (face sublingual) até o assoalho da boca. É um sinal congênito, ou seja, presente desde o nascimento, e que pode se apresentar com várias formas de inserção e espessura alternando de forma variada a mobilidade, a postura e a funcionalidade da língua. Apresenta-se de forma mais freqüente e de duas maneiras: na condicção em que o freio da língua pode estar muito curto ou numa segunda condição, em que o freio pode estar preso muito próximo da ponta da língua, formando um coração no seu ápice e reduzindo assim a sua mobilidade.

A língua é uma estrutura oral que possui fiunções específicas e importantes em várias áreas como a fala, a sucção, a mastigação e a deglutição. Um freio curto poderá ter influência negativa na realização de tais funções.
Vários são os sintomas comumente relacionados à presença do freio curto. Os mais citados são os problemas na alimentação ( dificuldade de sucção, deglutição e dificuldade para lateralizar a língua durante a mastigação) e os problemas relacionados a fala como a diminuição da abertura da boca durante a fala , redução da mobilidade de língua causando uma imprecisão articulatória e uma dificuldade específica em elevação de ponta prejudicando a produção correta dos fonemas /l/ e /r/ brando.
O tratamento indicado para os casos de Anquiloglossia é a remoção cirúrgica do freio lingual, porém esta indicação só deverá ser feita se comprovadamente houver prejuízo das funções acima citadas, visto que há crianças em que o freio lingual se apresenta curto mas sem interferência na fala ou nas funções já citadas.

O fonoaudiólogo é o profissional que poderá avaliar a criança em todos os aspectos que se encontram prejudicados, orientando a família para uma correta escolha.


* Mônica Cuiabano Paes Leme é Fonoaudióloga

Sal: Micronutriente necessário,mas na medida certa!

Muito se fala atualmente a respeito do aumento do consumo de sal. Sabe-se que uma dieta rica em sal combinada a outros fatores de risco pode levar a um aumento significativo da pressão arterial, porém, o excesso desse mineral pode acarretar na verdade, outros problemas de saúde como osteoporose e até mesmo depressão. É necessário entender que o sódio é muito importante para a manutenção de nosso metabolismo e que a ausência dele pode alterar funções importantes no nosso organismo. Portanto precisamos estar informados e alertas pois esse importante mineral pode nos causar danos à saúde de maneira silenciosa.
As mudanças nos hábitos alimentares que nos levam a procurar praticidade e rapidez na hora de fazermos nossas refeições fizeram com que a indústria de alimentos investisse pesado em alimentos pré-preparados, enlatados, congelados, semi-prontos...o fato é que a maior parte desses alimentos contém uma concentração enorme de sal porque ele é um potente conservante. E o seu consumo a longo prazo traz muitos prejuízos a nossa saúde. Saiba que não são só os alimentos salgados que contém sódio, podemos encontrar grandes quantidades também em alimentos doces como biscoitos recheados e refrigerantes.
O FDA (Food and Drug Administration), órgão que fiscaliza assuntos relacionados a alimentos e medicamentos, recomenda que seres humanos ingiram 4g/dia de sal, mas foi relatado que a média mundial de consumo é de 10g/dia, podendo chegar a 18g/dia.
Os rótulos de alimentos fornecem informações adicionais e devem sempre ser consultados antes da escolhermos entre as opções no supermercado. E esse é um bom hábito a ser introduzido no nosso cotidiano.Veremos que até mesmo os temperos prontos são um risco à saúde.
O melhor é consumir produtos em seu estado natural,como frutas,verduras e legumes, e fugir sempre que possível, dos industrializados, enlatados, defumados e curados.
Diminuir o sal para preparar os alimentos adicionando condimentos naturais também é uma medida que ajuda na diminuição do consumo e eles dão sabor aos pratos com menores danos à saúde são eles: pimenta, manjerona, mostarda seca, salsa, tomilho, sálvia, curry, coentro, cebola, alho, orégano, louro, cebolinha, entre outros.
Retirar o saleiro da mesa é um bom caminho para diminuir seu consumo.
Além de baixar o consumo de sódio ,devemos aumentar em nossa dieta a ingestão de potássio e cálcio. São alguns alimentos ricos em potássio: nozes, damasco, banana, coco, uva passa, tâmara, ameixa seca, castanha do Pará melão, feijão, lentilha entre outros. Entre os alimentos ricos em cálcio estão os derivados do leite e os vegetais verde escuros.


* Paula Balbi de Melo Hollanda Cordeiro e Natália Feres Costa, são Nutricionistas

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mau hálito não é normal!

Halitose ou Mau Hálito é o odor desagradável que pode ser causado por diversos fatores: bucais e não bucais, fisiológicos ou patológicos.
Dentre os fatores bucais, a causa mais comum é a formação da saburra lingual e placas dentárias decorrentes da higiene oral deficiente. Saburra é um material viscoso, esbranquiçado ou amarelado que fica aderida ao dorso da língua principalmente na região posterior e é constituída por microorganismos que produzem componentes de cheiro desagradável. A causa primária da formação da saburra é a redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais rica em mucina e que facilita a aderência de microorganismos e de restos alimentares sobre o dorso da língua. A redução do fluxo salivar ocorre durante o sono (daí a halitose quando acordamos), stress, por medicamentos, infecções da vias aéreas superiores (amigdalite, faringite, sinusite, adenóides) etc.
Próteses mal adaptadas, infecções dentárias e periodontais são outras causas importantes.
As causas extra bucais incluem o diabetes (odor de acetona ou fruta), nefrite (odor amoniacal), fumo, doenças febris, bronco-pulmonares e doenças hepáticas. Alguns alimentos após metabolizados também podem provocar odores desagradáveis como alho, cebola, couve-flor, repolho, etc. Muitas pessoas acreditam que a halitose seja de origem estomacal porque têm gastrite. Hoje sabemos que o estômago tem pouca participação na origem do odor desagradável, sendo comum apenas durante rápidos momentos de regurgitações e arrotos.
O jejum prolongado leva a hipoglicemia e queima de gordura, que produz gazes de odores fortes. Por isso é importante evitar períodos prolongados sem se alimentar.
A presença do mau hálito pode provocar sérios prejuízos psicossociais, como insegurança ao se aproximar das pessoas, para estabelecer relações amorosas, resistência para falar ou sorrir, baixo desempenho profissional, etc. O diagnóstico é realizado através da história clínica, exame detalhado da cavidade oral, investigando-se a saburra lingual, higienização oral precária, gengivites, próteses mal adaptadas, etc.

E como prevenir?


Para a prevenção é necessário a higiene bucal e lingual adequada. Os dentes devem ser escovados com técnica adequada, após refeições e principalmente antes de dormir. A língua deve ser limpa através de raspadores específicos, a cada escovação. O uso de enxaguante bucal pode ser prescrito para combater os compostos sulforados voláteis.
Consultas periódicas ao dentista são fundamentais para higienização profissional e eliminação de possíveis causas dentárias da halitose.
Deve-se evitar alimentos gordurosos, couve-flor, brócolis, alho, cebola e dar preferência para alimentos fibrosos como maçã, cenoura, etc. Ingerir água com freqüência e evitar longos períodos sem comer.
Para pessoas que possuem baixo fluxo salivar é importante a estimulação da saliva através de goma de mascar, saliva artificial, gotas de limão, etc.


* Dra. Cláudia Cristina Ruela é Periodontista e Odontopediatra

Assaduras e Alergias no Bebê

 Observa-se na prática clínica que bebês até dois anos de idade apresentam pelo menos um episódio de assadura nesta fase da vida. Trata-se da chamada dermatite amoniacal ou, dermatite de fraldas, que causa uma intensa área de vermelhidão e inchaço ao redor do ânus e genitália externa, até raiz das coxas, exatamente na área coberta pelas fraldas, causando grande desconforto para a criança, que pode ficar irritada e inquieta.
Fatores como umidade local, resíduos de amônia deixados pelas fezes e urina, amaciantes e sabões utilizados na lavagem das fraldas de pano aliados ao atrito local, levam à maceração da pele fina e sensível do bebê ocasionando essas lesões erosivas e, dolorosas, que podem ser invadidas por fungos (monília ou cândida albicans) e, até mesmo, bactérias.
Geralmente, tais agentes que causam as micoses são os mesmos do sapinho e candidíase vaginal e acometem os bebês que estejam em uso de antibióticos e corticóides por tempo prolongado. Tais drogas destroem a flora intestinal responsável pelo equilíbrio entre os agentes que ajudam o organismo e os que o agride, o que determina a proliferação dos fungos.
Mudanças na alimentação da criança também podem aumentar a acidez das fezes, assim como infecções diarréicas, propiciando a invasão dos microorganismos, causando as assaduras.
Assim, assaduras são causadas por agentes infecciosos que invadem a pele na região das fraldas; enquanto alergias são processos inflamatórios ocasionados por hipersensibilidade a algum agente irritante local, como perfumes contidos na fralda descartável ou pelo material com que é confeccionada, além do sabão ou do amaciante usados nas fraldas de pano, ou por não serem adequadamente lavadas.
Torna-se difícil diferenciá-las, pois um quadro provocado por alergia também vai sofrer a invasão de agentes infecciosos locais, sendo importante, nos casos suspeitos afastar a causa do problema, isto é, deve-se substituir a fralda descartável por outra marca.
Se a criança estiver usando fralda de pano, passe a lavá-las com sabão de coco, ou outro sabão neutro e, acrescente um copo de vinagre branco na água do enxágüe, depois, ponha a fralda para secar ao sol e na hora de passar use o ferro quente.
Portanto, manter o bebê sequinho e limpinho é a base para evitar esses agravos aos pequeninos, procurando efetuar tantas trocas de fraldas quantas forem as vezes que ele evacuou ou urinou, lavando sempre com água morna e algodão; pode-se usar também sabonete líquido neutro, desenvolvido para uso infantil, deixando o lenço umedecido como uma alternativa prática para uso em passeios e viagens, e não no dia-a-dia, evitando-se que fiquem resíduos irritantes à pele delicada do bebê.
Fiquem atentos para limpar as meninas da frente para trás, evitando trazer contaminação para a vagina, limpando bem todas as dobrinhas da genitália; e, quanto aos meninos, lembre-se de limpar também por baixo e ao redor da bolsa escrotal, não se esquecendo de higienizar a região da glande e prepúcio, abaixando um pouco a pele para limpar, sem forçar, depois voltando com ela para o lugar.
Após lavar, use uma toalha macia para enxugar a pele da criança delicadamente, sem esfregar, para não provocar atrito com a pele; e, para criar uma barreira protetora devemos impermeabilizá-la com um creme ou pomada após cada troca de fraldas, geralmente à base de óxido de zinco, sempre redobrando os cuidados de higiene antes de usá-los, pois se ficarem resíduos ácidos, devido a pele não estar bem limpa, tais veículos perderão a função protetora, por aumentarem o contato com os agressores.
Por fim, sempre é válido lembrar-se de lavar as mãos antes e depois de cada troca de fraldas. Com esses cuidados, espera-se prevenir a dermatite ou, evitar a piora de uma já instalada.
                                                                                 * Dra. Efigênia Vanda de Jesus é Pediatra

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Refluxo na infância

Preocupação ou Modismo?



Dentre as perguntas mais frequentes que ouço no consultório, está o porquê do aumento da incidência de Refluxo Gastroesofágico nos dias de hoje. De tempos em tempos, alguma doença infantil vira tendência, não só em rodas de conversas de pais, como na busca pelo atendimento pediátrico, levando à sensação de que todas as crianças sofrem do mesmo problema e precisam de tratamentos idênticos. É essa a vez do refluxo ser considerado vilão em várias alterações sofridas pelas crianças, mesmo que em nada alterem seu desenvolvimento.
O grande problema disso é quando tratamentos são iniciados por orientação de vizinhos, amigos e familiares, sem avaliação médica, e desnecessários.
Metade das crianças saudáveis, de 2 a 8 meses de idade, regurgitam duas ou mais vezes ao dia. Este Refluxo Gastroesofágico fisiológico (RGE) ou Regurgitação Infantil (RI), de amadurecimento, resolve espontaneamente em 90 % dos casos, até os dois anos de idade.
A regurgitação infantil acontece porque a válvula entre o esôfago e o estômago (esfíncter esofagiano), ainda está se desenvolvendo. Normalmente, após a passagem do leite, ele fecha e segura o líquido. Com a imaturidade, o esfíncter relaxa e não fecha como deveria. Por isso, o retorno de um pouco de leite após a mamada, quando o bebê arrota, ou mesmo um tempo depois em forma de “queijinho” é normal. Ela também ocorre porque nem sempre é possível notar que o bebê mamou em excesso. Nesse caso, até um arroto mais intenso traz o líquido de volta. Regurgitar não tem nenhuma conseqüência para o bebê e não causa desconforto.
Em poucos casos, existem outras manifestações adicionais à regurgitação, que requerem maior investigação e tratamento, por haver lesões associadas. Nestes casos existe o que chamamos de Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE). Deve ser suspeitada na presença de irritabilidade, sono agitado, recusa alimentar, falta de crescimento, perda de peso, soluços excessivos, anemia por deficiência de ferro, manifestações respiratórias (engasgos, sufocação, tosse, estridor, asma, infecções respiratórias de repetição).
O diagnóstico é predominantemente clínico, devendo ser avaliado pelas alterações apresentadas por cada criança. Em alguns casos podemos abrir mão de exames que nos auxiliam nos casos mais graves, ficando a critério do Pediatra a sua solicitação, caso a caso. São eles a seriografia (radiografia contrastada), que avalia deglutição, esvaziamento gástrico e alterações anatômicas do esôfago, do estômago e duodeno; a Cintilografia, que avalia refluxos não-ácidos, esvaziamento gástrico e aspiração pulmonar; Endoscopia Digestiva Alta, que visualiza lesões diretas (esofagite) e lesões microscópicas por biópsia; Manometria e pHmetria, que avaliam tonicidade de esfíncter e presença de conteúdo ácido no esôfago, respectivamente, utilizados para acompanhar casos mais graves. Tem sido muito utilizado a Ultrassonografia para avaliação do RGE, que apenas notifica a presença dele, não sendo um exame diagnóstico que faça diferença no acompanhamento clínico.
O principal tratamento é tranquilizar os pais, ansiosos por natureza, que ficam muito preocupados em ver o bebê devolvendo o alimento pela boca, e pensam que ele pode estar doente e sofrendo. Os pais devem estar atentos aos sinais de complicação aguda, como os engasgos e sufocação, que são de procura imediata ao serviço médico. Outras alterações serão notadas nas consultas periódicas, que nunca devem ser esquecidas.
As medidas dietéticas orientadas são a manutenção do aleitamento materno (consenso internacional), e nos casos de alimentação artificial, o fracionamento das dietas. Engrossar o leite fica a critério do Pediatra pois em alguns casos este procedimento causa piora dos sintomas, já que o leite engrossado pode se tornar mais difícil de ser digerido. O uso de mamadeira pode aumentar a ingesta de ar, com distensão do estômago, aumentando o refluxo.
As medidas posturais orientadas são a elevação de cabeceira em ângulo de 30 a 45 graus, manter o bebê elevado para arrotar por até 20 minutos, não usar fraldas apertadas por aumentarem a pressão abdominal.
Os medicamentos devem ser utilizados apenas nos casos em que haja suspeita de Doença, devendo ser avaliada pelo Pediatra, individualmente. Nos casos mais complexos, a avaliação do especialista Gastroenterologista Infantil. Em casos raros é necessário procedimento cirúrgico.
Fica claro por tudo isso, que aguardar o amadurecimento é o grande propósito da evolução destes casos, e que cada tratamento apenas ajuda a minimizar sintomas e complicações.


* Dr. Gustavo Baylão Nigre é Gastroenterologista Pediátrico

Os riscos da Escova Progressiva

Há alguns anos atrás, surgiu no cenário dos salões de cabeleireiros do Brasil, um significativo avanço no manejo dos cabelos crespos, ondulados, finos, rebeldes e frágeis. Um velho conhecido dos médicos, o formol, revelou-se um grande aliado para domar e encorpar os fios. Ficou conhecida a expressão "Escova Progressiva", que se refere à técnica onde uma solução de formol, misturada à queratina líquida e uma emulsão leave on, é aplicada mecha a mecha, sendo feita, então, uma "escova" tradicional. Vale a pena frisar que o formol, não é alisante. Ele é sim, um "fortalecedor" do fio, criando uma espécie de "capa" que o envolve, endurecendo a queratina que é um constituinte natural e principal do fio de cabelo. O fato de o cabelo ficar mais liso é decorrência deste novo calibre mais grosso que o cabelo adquire, que faz com que tenha um "caimento" melhor, já que se torna mais pesado.
Apesar da proibição do uso das escovas progressivas a base de formol (ou formaldeído), alguns salões e profissionais da beleza insistem em sua utilização. A população por ainda não conhecer os seus riscos também insiste para que seu uso seja mantido. Desde o ano de 2006 a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tornou público que não existe qualquer produto autorizado pelo órgão para a prática de alistamento de cabelos ou para esse fim específico. A agência não promove o registro de alisantes capilares que tenham como base o formol ou sua fórmula.
A ANVISA inclusive já disponibilizou uma cartilha sobre os riscos do seu uso, disponível também no site www.anvisa.gov.br . Sendo assim viemos trazer informações importantes para que sua prática seja finalmente eliminada.


Ficha técnica


Rotas de entrada no organismo: Inalação, ingestão, absorção pela pele.

Sistema e órgãos afetados: Vias respiratórias, sistema gastrointestinal, pele, olhos.

Irritações: O produto, na forma de líquido, vapor ou neblina, é irritante para os olhos, pele e vias respiratórias.

Efeitos na reprodução: Constatados desordens e problemas menstruais reportadas às mulheres. Nenhum outro efeito reprodutivo foi reportado em humanos ou animais, porém ainda há estudos dos efeitos do formaldeído em relação à este item.


Efeitos carcinogênicos: Classificado como carcinogênico – EPA – Grupo B1 (média carcinogenicidade).


Efeitos de exposição por curto período de tempo (agudos):


Inalação: Fortemente irritante para as membranas mucosas. Contato prolongado pode causar irritação crônica, edema pulmonar e depressão do Sistema Nervoso Central. O contato repetido e contínuo aos vapores e névoas do produto pode provocar irritações das mucosas (nariz, garganta, olhos etc), dificuldades em respirar, bronquite química, edema na laringe e pulmonar e perda dos sentidos. Ainda pode causar sérias queimaduras dos olhos, das mucosas e de todo o trato respiratório.


Contato com os olhos: Fortemente irritante para os olhos. Exposição ao vapor pode causar ressecamento, conjuntivite química e queimadura dos olhos. O contato do líquido com os olhos pode causar úlcera na córnea e até a cegueira. Pode haver sérias queimaduras. A severidade dos efeitos depende da concentração do produto e de quanto tempo após a exposição, os olhos foram lavados. CONTÉM METANOL, SUBSTÂNCIA VENENOSA QUE PODE CAUSAR CEGUEIRA PERMANENTE E ATÉ A MORTE.


Contato com a pele: Contato pode causar queimaduras e destruição dos tecidos.


Ingestão: Pode produzir graves queimaduras na boca, garganta, esôfago e no sistema gastrointestinal.


Efeitos de exposição continua (crônica) Exposições frequentes podem causar bronquite crônica e enfisema pulmonar, além de conjuntivites e câncer.

* Dra. Cynthia Furtado é Dermatologista

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O combate contra a infecção está em suas mãos!!

No século XIX, muitas gestantes cujos partos eram realizados em hospitais evoluíam com uma infecção grave denominada febre puerperal, que na maioria das vezes resultava na morte da paciente. Por muitos anos, a causa da febre puerperal permaneceu obscura.
Em 1846, um obstetra húngaro chamado Ignac Phillip Semmelweiss que atuava na Áustria, em um dos maiores hospitais do mundo na época, percebeu que um colega seu, médico patologista havia morrido de infecção generalizada após ferir-se durante a realização de uma nécropsia. A rotina da época era que a jornada diária dos médicos se iniciasse com a realização de necrópsias e depois a realização dos partos. Nesse tempo, a prática de higiene das mãos não era sequer considerada e portanto não realizada entre as necrópsia e os partos. Semmelweiss conseguiu perceber a relação entre o aparecimento de infecções e a não higienização das mãos e implementou a lavagem sistemática das mãos antes de cada parto, controlando em 1847, o surto de febre puerperal, já existente há vários anos, trazendo assim um grande benefício para a humanidade. Esse médico incrível, que foi inicialmente ridicularizado pela comunidade científica mas que não desistiu de lutar contra a infecção é uma inspiração para o combate das infecções hospitalares.
A medida mais eficaz para o combate das infecções hospitalares continua sendo a higiene das mãos que deve ser realizada antes da aplicação de medicamentos e antes e após qualquer manipulação do paciente, seus equipamentos e mobiliário. O álcool gel deve ser preferencialmente utilizado, por ser mais eficaz no ambiente hospitalar, exceto quando houver a presença nas mãos, de matéria orgânica (sangue, secreções, fezes, urina etc) ou sujidade, situações nas quais, é necessário o uso de água e sabão. Antes de qualquer procedimento invasivo, como cirurgias, deve ser realizada a chamada degermação das mãos, que deve durar no mínimo dois minutos, e ser obrigatoriamente realizada com o uso de sabão anti-séptico.

* Dra. Rosana Rangel é Infectologista

Aproveite os benefícios do chocolate sem cair em tentação!

Por incrível que pareça, se consumido de maneira moderada, o chocolate pode ser bom para saúde, contribuindo para o funcionamento do coração, além de promover bem-estar ao organismo.
Sempre que alguém diz chocolate, sentimos, imediatamente, uma sensação de conforto e alegria. Realmente, não se pode negar que essa palavra é mística, irresistível, sensual e romântica. Além de ter textura aveludada, uma coloração escura profunda e elegante, sabor adocicado e aroma tentador, o chocolate é um grande sedutor.
Você já comeu chocolate porque estava com fome? A maioria o consome por prazer. Quantas mulheres durante a TPM não tiveram como seu melhor amigo uma barra de chocolate? Vários estudos mostram a influência do chocolate no humor. Além de dar prazer, o chocolate pode prevenir danos à saúde, como o câncer e as doenças coronárias, fortalece o sistema imunológico e provoca um sentimento de bem-estar. A sensação prazerosa que sentimos quando nos deliciamos com um pedaço de chocolate tem uma explicação científica: ele eleva o nível da serotonina, substância que promove a sensação de bem-estar e calma no organismo, bem como o da feniletilamina, que é associada à "química do amor" e responsável pelas demonstrações de ânimo e euforia (típicas de um indivíduo apaixonado).
Na composição do chocolate, podemos encontrar a teobromina, similar à cafeína, que garante energia positiva e favorece a atividade mental.
O chocolate é uma delícia com cara de vilão, mas também é rico em vitaminas, minerais, magnésio e ácido oléico, é uma excelente fonte de energia, apesar de seu elevado teor calórico, principalmente em gorduras.
Substâncias contidas no chocolate podem ser benéficas à saúde e principalmente ao coração. A presença do ácido oléico, encontrado no cacau, é interessante para controlar os triglicérides (gorduras) e aumentar o bom colesterol (HDL).
O chocolate amargo, é considerado o mais saudável, mas em excesso aumenta riscos de doenças cardiovasculares e obesidade, pela alta concentração de gorduras.
No caso do chocolate ao leite, a massa de cacau é substituída em parte por leite em pó, resultando em um gosto mais adocicado. Já o branco, contém manteiga de cacau. Ambos são ricos em gorduras saturadas. Quando consumidos em excesso, podem causar irritações na pele, no estômago e na mucosa intestinal.
A versão diet não tem açúcar, por isso é indicada aos diabéticos. Como apresentam alto teor de gordura, são também bastante calóricos, como os demais, a ingesta também deve ser moderada.
Para os intolerantes à lactose, existem chocolates feitos com soja, ao invés do leite de vaca. A vantagem é que ele não tem colesterol e nem gordura trans, a grande vilã da vez.


Outros aspectos:


Na sociedade atual, o chocolate é também uma forma de promover o relacionamento humano, estabelecendo laços de amizade, solidariedade e amor. Dar uma caixa de bombons pode significar: “Feliz aniversário”; “Boa viagem”; “Desculpa-me”; “Saúde”; “Amo-te”.
Atualmente o chocolate chega a ser utilizado em banhos e massagens de hidratação corporal, pelas suas propriedades antioxidantes e a sua capacidade de hidratação.

Cuidado com os exageros!!

O excesso do chocolate em qualquer época do ano, pode ser prejudicial, principalmente se estes forem ao leite e branco, devido às gorduras saturadas presentes no leite. Em excesso, pode causar enxaqueca, irritações na pele, no estômago e na mucosa intestinal. A diarréia também pode ser causada pelo consumo excessivo, devido ao alto teor de gordura.
Para as pessoas obesas, o consumo deve ser moderado, por conta de seu alto valor calórico e gorduras. Pessoas acometidas de intolerância a lactose ou a algum componente da fórmula devem evitar a ingestão dos chocolates ao leite. Assim, é indicado que, para os intolerantes à lactose e os pacientes diabéticos, o consumo seja de chocolates e ovos de páscoa especiais.
O chocolate é uma rica fonte de nutrientes, úteis especialmente às crianças em fase de crescimento. Contém proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C.

O chocolate não é um vilão, ele é saboroso, nutritivo e só faz bem.... sem excessos!!


* Renata M. David Braga é Nutricionista

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ácido fólico: proteção para o bebê na gestação!

O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é uma vitamina pertencente ao um grupo chamado complexo B, é necessário para a formação das proteínas, que são substâncias importantes na formação das diversas estruturas do nosso corpo, e da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue. Normalmente é encontrado em verduras de folha verde, legumes, frutos secos e em vísceras de animais. Ele se perde nos alimentos conservados em temperatura ambiente e durante o processo de cozimento dos alimentos.
Pela sua importância na formação de células do sangue, a carência nutricional do acido fólico está relacionada com alguns tipos específicos de anemia, cuja suplementação de ferro, sobe a forma de sulfato ferroso, não supre o efeito desejado. No Brasil, há uma lei que determina que a farinha de trigo seja enriquecida com ferro e ácido fólico, baseada em uma estratégia do Ministério da Saúde para diminuir a ocorrência de anemia principalmente em crianças.

A suplementação vitamínica com o ácido fólico constitui-se em uma das possibilidades de prevenção de malformações fetais graves, principalmente dos defeitos de fechamento do tubo neural, que é a uma estrutura do embrião que origina o cérebro e a medula espinhal. Os defeitos variam de pequenas alterações na parte final da coluna, como os casos das chamadas espinhas bífedas, a casos mais graves chamados de meningocele e meningomielocele, que são alterações importantes de falhas nas camadas que protegem o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), necessitam de cirurgia para correção e muitas vezes deixam sequelas motoras e neurológicas nas crianças acometidas. Os casos no Brasil de malformações fetais relacionadas com os defeitos de fechamento do tubo neural gira em torno de dois casos para cada mil bebês nascidos vivos. A chance de um novo caso em uma família é rara, ocorre menos do que 3% das vezes. São consideradas pacientes de risco as usuárias de drogas que diminuem a absorção do ácido fólico, como as medicações para epilepsia, as diabéticas que usam insulina e a gestações gemelares.

A forma mais eficaz de prevenir as malformações fetais relacionadas com as alterações no fechamento do tubo neural é a administração de ácido fólico ao menos três meses antes da gestação. Sabendo que mais de cinquenta por cento das gestações em nosso país não são planejadas, esta estratégia de prevenção, na maioria das vezes, não se realiza de forma adequada. A administração do ácido fólico, comumente, somente se inicia na primeira consulta de pré-natal, podendo já ter passado cinco semanas ou mais. A conscientização da população para a importância da consulta antes de engravidar, ou simplesmente de comunicar a seu médico que interrompeu o uso de algum método anticoncepcional, é fundamental para uma prevenção eficaz das complicações fetais, principalmente as más formações. As primeiras doze semanas de gestação, chamado de período embrionário, são fundamentais para o desenvolvimento fetal. Nesta fase ocorre praticamente toda a formação do bebê, nas semanas seguintes ocorre o crescimento das estruturas previamente desenvolvidas. A dose de ácido fólico aconselhada é de 0,4 a 0,8mg/dia. Em casos de antecedentes de tais alterações a dose é de 4,0 mg/dia. Toda mulher que pretende engravidar, independentemente da alimentação, deve iniciar o uso de um comprimido diário de ácido fólico e deverá continuar por, no mínimo, até a décima segunda semana de gravidez.


* Dr. Felipe Canavez é Ginecologista e Obstetra

Crescimento infantil: uma questão só genética?

Muitas perguntas a respeito do processo de crescimento humano permanecem sem resposta até os dias de hoje. O crescimento humano pode ser dividido em diversas fases, mas mantém um padrão na maioria dos indivíduos. A velocidade de crescimento é elevada no primeiro ano de vida, diminui gradualmente até os 4 anos, e, um novo período de elevação de crescimento ocorre durante a puberdade seguido de nova desaceleração atingindo a estatura final.
A estatura final e o padrão de crescimento durante a infância e adolescência sofrem influência direta de fatores genéticos e raciais, e, indiretamente por fatores externos como nutrição e fatores psicossociais. O potencial estatural de um indivíduo é determinado por genes herdados dos pais, guardando íntima correlação com a estatura dos pais, desde que estes não tenham tido problemas de crescimento. O crescimento humano normal é o produto final da perfeita interação destes fatores.
A criança geralmente cresce de maneira muito previsível e o desvio deste padrão normal de crescimento pode ser a primeira manifestação de uma grande variedade de doenças, tanto endócrinas como não endócrinas. Sendo importante a avaliação freqüente e acurada do crescimento de uma criança.
Na avaliação de crescimento de uma criança, a estatura obtida deve ser colocada num gráfico comparando-a com a da população geral para a mesma idade e sexo. Além disso, sua estatura deve ser correlacionada à estatura de seus pais. Pais altos tendem a ter filhos altos, enquanto pais baixos tendem a ter filhos baixos.
Faz-se também a avaliação da velocidade de crescimento que representa o número de centímetros que um indivíduo cresce a cada ano. É o método mais sensível para reconhecer os desvios do crescimento normal.
A média da população feminina faz seu estirão máximo de crescimento entre 11 e 12 anos de idade, atingindo a estatura final por volta dos 15 anos. A média masculina tem seu estirão entre 12 e 14 anos, completando o crescimento ao redor dos 17 anos. Existe, porém, grande variabilidade no tempo necessário para o término do crescimento em ambos os sexos. Indivíduos normais do sexo feminino podem completar seu crescimento entre 13 e 17 anos, enquanto os indivíduos do sexo masculino podem demorar de 15 a 19 anos para atingirem a estatura final.
O desenvolvimento do esqueleto é um dos componentes do processo de maturação do indivíduo e sua avaliação se faz por meio da idade óssea. A estatura final é atingida quando ocorre a fusão completa da cartilagem de crescimento, independente da idade cronológica na qual este evento tenha ocorrido. Tal fusão das cartilagens de crescimento representa o estágio final da maturação óssea e, portanto, o término do crescimento linear encontra-se relacionado à idade óssea e não à idade cronológica. Com isso, podemos dizer que a idade óssea é o tempo de crescimento.
Em crianças normais, nas quais a velocidade de crescimento é adequada, conhecendo-se a idade óssea é possível prever o potencial de crescimento linear e com isso a estatura final. Este conhecimento é importante diante da angústia de familiares que têm estatura abaixo da média da populacional e que frequentemente estão preocupados com a projeção de estatura de seus filhos.
É considerada de baixa estatura a criança que se encontra abaixo do terceiro percentil, ou seja, pelo menos dois desvios-padrão da média populacional, ou quando também apresenta velocidade de crescimento subnormal, com mudança do canal de crescimento no gráfico, em qualquer percentil. Considera-se ainda baixa estatura quando a estatura está abaixo do percentil esperado para a média familiar. Vale a pena ressaltar que 3% das crianças normais estão abaixo do terceiro percentil, as quais podem ser consideradas de baixa estatura por causas patológicas.
Portanto, é necessário que a criança seja acompanhada periodicamente para avaliação de seu crescimento para que não haja perdas na sua estatura e possíveis problemas psicológicos associados à baixa estatura.

*Dra. Gabrielle A. Lopes Reis é Endocrinologista Pediátrica

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Namorar faz bem!

 Entenda o que melhora na saúde de quem dá e recebe afeto



Existem alguns aspectos em nossa vida que fazem parte do que chamamos de 'desenvolvimento saudável' do ser humano. Cuidados com a saúde, como alimentação equilibrada e atividades físicas, momentos de lazer, moradia e acesso aos recursos de saúde (prevenção e tratamento), a qualidade de nossos relacionamentos interpessoais e familiares. Enfim, podemos citar diversas situações e atitudes que propiciam um desenvolvimento físico, mental e social saudável do ser humano. Entre estes aspectos, destacamos os relacionamentos afetivos, em especial o de caráter sexual.


O caráter sexual dos relacionamentos não diz respeito unicamente ao sexo em si; mas a qualquer relação envolvendo duas pessoas em que há uma troca afetiva e um interesse mútuo, e que dê prazer às pessoas envolvidas, ou seja, que esta relação de alguma forma satisfaça ambas as partes em seus interesses. E, aqui, vale fazer uma ressalva: vivemos em um tempo em que tudo se dá de maneira muito rápida e intensa, o que se reflete em nossos relacionamentos. Contatos superficiais emocionalmente, mas repletos de intimidade física são cada vez mais comuns, e cada vez mais precocemente observados.
Contudo, quando nos deixamos levar pela impulsividade dos tempos modernos, consequentemente perdemos a oportunidade de usufruir do melhor que o contato com outra pessoa pode nos proporcionar – por exemplo, o contato pele-a-pele e olho-no-olho do namoro tradicional, não “virtual”.
Em geral, o namoro é o momento de nossas vidas que nos permite realizar as mais intensas trocas afetivas. É quando nos abrimos emocionalmente para o outro, e nos deparamos com os sentimentos desta outra pessoa, diferente de nós, o que exige uma certa maturidade para que este relacionamento dê certo. Se não há tal maturidade, ela precisa ser desenvolvida, o que é ótimo para nossa vida social como um todo, na medida em que no nosso dia-a-dia, encontraremos indivíduos que pensam e agem das mais diversas maneiras, e com os quais não podemos simplesmente “romper” como fazemos em um namoro.

Além do benefício “maturidade emocional”, vários estudos indicam que o namoro é muito benéfico à saúde física e psicológica do sujeito. Quando a união é de cumplicidade e respeito (pois sabemos que há exceções!), o namoro diminui o estresse cotidiano. Como o estresse tem estreita ligação com nosso sistema imunológico, menos estresse significa imunidade em alta, e mais disposição para a realização de nossas atividades. Pesquisas demonstram que o simples toque do companheiro(a), sujeito que transmite confiança, é capaz de ativar reações neurológicas que reduzem, por exemplo, o medo e a ansiedade em face de situações ameaçadoras ou dolorosas.
Sendo assim, um namoro saudável, em que há troca afetiva baseada na cumplicidade e no diálogo, aumenta a auto-estima dos 'enamorados', reduz o estresse e as tensões provenientes da rotina diária, auxilia no controle da ansiedade e nos dá segurança para enfrentar situações adversas que possam surgir repentinamente. Namorar é bom, e faz bem!

* Gláucia da Silva Veigas de Macedo - Psicóloga e Especialista em Desenvolvimento Humano

Varizes - Como evitá-las e tratá-las

Varizes são disfunções circulatórias do sistema venoso (veias), vasos sanguíneos responsáveis pelo retorno do sangue ao coração para ser oxigenado. Descaracterizam-se varizes todas as veias dilatadas de forma anormal levando a uma disfunção permanente destas. São mais comuns nos membros inferiores, porém podem ocorrer em outras regiões do corpo como no útero, pelve, região do plexo hemorroidário entre outras.
Sua principal causa e genética (familiar) onde se descobriu que famílias com tendência varicosa, apresentam alterações estruturais na parede das veias que resistem menos as sobrecargas que ocorrem no nosso cotidiano, além disto, fatores relacionados com o perfil do indivíduo também são importantes como excesso de peso corporal, gravidez, sedentarismo, histórico de trombose venosa prévio, tipo de trabalho, constipação intestinal entre outras. Encontramos uma incidência maior em mulheres do que em homens sendo em média cinco mulheres para cada homem devido a fatores hormonais e as gestações. A presença das varizes pode ocasionar os sintomas e complicações mais diversas que vão desde dor, peso nas pernas, inchaço, cãibras, até ulceras (feridas) e tromboses superficiais e profundas, além do desconforto estético que pode levar a complexos e limitação social.
Para evitarmos as varizes, devemos observar o peso corporal (excesso de peso), são indicadas atividades físicas aeróbicas regulares sem impacto e sem sobrecarga demasiada em exercícios para hipertrofia muscular. Realizar acompanhamento adequado durante a gravidez, atividades profissionais que exijam muitas horas em pé ou sentado também são fatores de risco; usar roupas apertadas principalmente nas coxas, não é recomendado; evitar o uso de hormônios (anticoncepcional e reposição hormonal), pois relaxa a musculatura das veias; calor excessivo nos membros inferiores como exposição ao sol, saunas, depilação com cera quente também podem provocar varizes. O uso de saltos muito altos e calçados que não permitam a flexão adequada dos pés não é recomendado; pacientes com constipação intestinal também costumam desenvolver mais varizes devido ao esforço durante a evacuação, aconselhamos que o indivíduo evite levantar muito peso, pois estará ocasionando um estresse na parede das veias podendo dilatá-la.
Como medida preventiva o uso de meias elásticas durante os momentos de sobrecarga venosa e o meio mais eficaz e barato apesar de haver certa resistência quanto a seu uso, dependendo do caso existem medicações que aliviam os sintomas, porem nenhuma substância evita varizes comprovadamente sendo seu uso com este fim desaconselhado.

Verifica-se que o tratamento das disfunções já existentes de forma adequada para cada caso, seja tratamento clínico ou cirúrgico é a melhor forma de evitar complicações orgânicas e psíquicas alem de funcionar como uma forma preventiva para o surgimento de varizes.



* Dr. Elgson Lobo é Angiologista e cirurgião vascular

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sinusite, a principal companheira do inverno!


A estação que vai de 21 de junho a 23 de setembro, além de ser a mais fria, é considerada alta temporada de doenças respiratórias.
É o período em que, devido ao clima frio, a população tende a ficar mais tempo em lugares fechados, com pouca circulação de ar, facilitando a transmissão de doenças. Aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo infecções de vias aéreas respiratórias.
É muito comum as pessoas apresentarem dores de cabeça, febre, dor de garganta, tosse noturna e afirmando que estão gripadas. Passa o tempo e se acham curados. Apenas dois ou três dias após, os sintomas como febre dor de cabeça voltam, só daí procuram o médico que ao examiná-los descobre a sinusite.
Os seios paranasais são constituídos por cavidades pertencentes a quatro estruturas ósseas: maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal. Com várias funções, como a de diminuir o peso da cabeça, servir como caixa de ressonância para voz, eliminar secreções que lubrificam o aparelho respiratório e ajudar a aquecer e umidecer o ar que penetra no nariz. Estas cavidades comunicam-se com as fossas nasais através de pequenos orifícios (óstios). Os seios maxilares e etmoidais já estão presentes no recém-nascido, mas são do tamanho muito reduzido durante os primeiros dois anos de vida, o que torna discutível a indicação de estudo radiológico antes desta idade. Os seios frontais e esfenoidais desenvolvem-se após os quatro anos de idade, atingindo seu tamanho adulto somente na puberdade.
Os seios da face mais frequentemente comprometidos são o maxilar e etmoidal. A etmóide costuma aparecer após seis meses de idade. A infecção maxilar produz manifestações clínicas após o primeiro ano de vida. A sinusite frontal é rara antes dos dez anos de idade.
A sinusite aguda pode ser definida como infecção da mucosa que reveste as cavidades paranasais, secundária as infecções virais, bacterianas ou fungica, por duração inferior a quatro semanas.
A sinusite acontece quando vírus, bactérias, fungos e principalmente processos alérgicos inflamam e obstruem pequenos orifícios (osteo), o bloqueio do osteo impede a renovação do ar e a eliminação das secreções, que acumulados dentro dos seios, produzem dores intensas nas áreas afetadas. Com o tempo, o muco preso torna-se ideal para a multiplicação de microorganismos.
Alguns fatores são causadores da sinusite, mas o maior causador é a alergia, pois o frio colabora para a dilatação dos vasos sanguíneos, que inchados fecham ainda mais as fossas nasais.
Uma pessoa que vive em ambiente empoeirado, com muita umidade, mofado, sem sol, colabora muito, para desencadear a enfermidade. Sem esquecer do tabagismo e uso de drogas como fatores importantes nesta patologia.
Além da alergia outros fatores estão associados á sinusite, como: hipertrofia de adenóide, hipertrofia de cornetos nasais, deformidade septal, alterações anatômicas e doenças sistêmicas.
Os sintomas de sinusite são comuns aos de infecções virais de vias aéreas superiores, como: tosse, inapetência, febre, mal estar, obstrução nasal, dores de cabeça, secreção nasal, dor na face, dores nos dentes e nos ouvidos, haliose, diminuição do olfato, secreção descendo na garganta.
O diagnóstico é feito através do exame clínico onde mostra a presença de secreção nas fossas nasais também nos cornetos nasais edemaciados e hiperemiados.
Outro exame é a nasofibroscopia, um método não invasivo excelente no diagnóstico e serve para colher secreção no meato médio para cultura.
A tomografia computadorizada é o melhor exame de imagem nos casos agudos, não está indicada rotineiramento.
O valor da radiografia simples dos seios da face é controverso e discutível. A radiografia não avalia com exatidão a extensão da inflamação, principalmente no etmóide.
A ressonância magnética tem uso restrito e limitado a complicações, especialmente intracranianas e no diagnóstico diferencial de processos neoplasicos.
A punção dos seios maxilares é o melhor para o diagnóstico na sinusite bacteriana, porém não deve ser indicada rotineiramente, uma vez que se trata de um procedimento invasivo. Está reservada para pacientes imunodeprimidos e sinusites complicadas.
O tratamento de sinusite aguda, nos casos m que não há dúvidas sobre a necessidade de utilizar o antibiótico, deve-se orientar sobre a importância de retirar fatores predisponentes e mantenedores. Iniciar com irrigação nasal com solução salina melhorar a higiene ambiental.
Nos casos em que os sintomas persistirem por mais tempo como febre alta e dores de cabeça está indicado o uso de antibiótico.
Não está indicado no tratamento de sinusite aguda uso de antiinflamatórios não hormonais, anti-histamínicos e descongestionantes sistêmicos ou mucolíticos, estas drogas não trazem benefícios.
Os corticoides intranasais não são efetivos, já que o mecanismo é lento. Podem ser empregados como profilaxia de recorrência. Os corticoides sistêmicos, administrados preferencialmente por via oral, são reservados aos casos resistentes ou complicações associadas.
Para finalizar, concluímos que a água continua sendo o maior fluidificantes das secreções do aparelho respiratório.

* Dr. José Eduardo de Barros Carraro é Otorrinolaringologista

O perigo dos remédios para emagrecer

As pessoas que estão acima do peso, muitas vezes recorrem a métodos para emagrecer com resultados mais rápidos esperando um “milagre”, que na maioria das vezes, acabam causando mais prejuízos do que benefícios para a saúde. Existem três categorias de remédios para emagrecer:

Anorexígenos: a Anfepramona, Femproporex e Mazindol são medicamentos com efeitos parecidos com o das anfetaminas. Eles agem no sistema nervoso central, inibindo a fome, e podem levar à dependência física e psicológica. Possuem efeitos colaterais como insônia, irritabilidade, agitação, taquicardia e depressão em pacientes susceptíveis. Cada um deles apresenta uma dose máxima de segurança para ser ingerido. Caso essa dose não seja respeitada, podemos ter efeitos mais graves que podem levar à psicose.


Sacietógenos: existem dois mais conhecidos, a Sibutramina e o Ribonabanto. O primeiro é um medicamento que também atua no cérebro, reduzindo a ingestão alimentar sem inibir totalmente a fome, ou seja, o indivíduo se satisfaz com menores quantidades de alimento conseqüentemente aumenta a perda de caloria. Os efeitos colaterais mais comuns desta medicação são o aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, boca seca, insônia, cefaléia e constipação intestinal. Já o Rimonabanto, conhecido como pílula antibarriga tem ação no sistema endocanabinóide que recompensa alguns sistemas envolvidos com a ingestão alimentar, como impulsividade e desejo de comer, mesmo sem fome. Também tem ação na gordura visceral. É um medicamento indicado para pacientes com excesso de gordura abdominal, com complicações metabólicas, como aumento de colesterol e triglicérides. É totalmente contra-indicado para pequenas perdas de peso. Os possíveis efeitos colaterais são: náuseas, tonteira, diarréia, irritação e sintomas depressivos.

Inibidores da absorção de gordura: o Orlistate mais conhecido como Xenical é uma droga que diminui 30% da absorção de gordura pelo intestino, levando a uma perda de peso gradual. A vantagem deste medicamento é que, diferente dos outros, ele não age no sistema nervoso central, age somente no intestino, sendo quase totalmente excretado pelo organismo. Porém os efeitos colaterais dependem basicamente da alimentação. Se houver exagero no consumo de alimentos gordurosos pode causar diarréia excessiva.

A melhor maneira de perder peso é associar o tratamento a uma dieta equilibrada e atividade física e lembrem-se qualquer medicamento deve ser tomado somente com prescrição médica.

* Renata Dias Estanislau é Farmacêutica

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Esportes contra a depressão!

Porque a prática de esportes é uma boa saída para quem sofre deste mal

A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido à sua alta morbidade e mortalidade. Nos EUA, atinge cerca de 9,5% dos adultos por ano, e sua incidência é estimada em 17% da população mundial. Algumas de suas características são: tristeza, perda de peso, sentimentos de culpa, ideias de suicídio, queixas de dores, dificuldade de concentração e distúrbios do sono. A maioria dos pacientes com depressão apresenta algum tipo de insônia, sendo que 40% destes apresentam dificuldade para iniciar o sono, múltiplos despertares durante a noite, ou acordam e não conseguem mais dormir.

Apesar de haver disponibilidade de mais de oito classes de antidepressivos, com aproximadamente 22 substâncias ativas no mercado mundial, somente 30 a 35% dos pacientes depressivos respondem ao tratamento medicamentoso. Resposta é definida como uma redução de 50% dos sintomas observados através de escalas de avaliação de depressão, enquanto remissão é definida como uma melhora total. Para isso, faz-se necessária a utilização de outros métodos de tratamento, associados ao tratamento medicamentoso. Dentre estes métodos, a atividade física pode ser considerada eficaz no tratamento da depressão. Além de promover a melhora do bem-estar e do humor, propiciam melhora do condicionamento físico, diminuição da perda óssea e muscular, aumento da força, coordenação e equilíbrio. Além disso, o exercício físico leva o indivíduo a uma maior participação social, resultando em um bom nível de bem-estar biopsicofísico, fatores esses que contribuem para a melhoria de sua qualidade de vida.

É provável que os distúrbios afetivos envolvam distintos sistemas neuronais e seus respectivos neurotransmissores. Desta forma, o aumento na liberação de alguns neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina, que ocorrem durante o exercício físico, pode justificar as melhoras metabólicas e consequentemente do humor, uma vez que já está estabelecido na literatura a correlação entre alterações desses neurotransmissores e a depressão.

Durante a realização de exercício físico, ocorre liberação de endorfina e da dopamina pelo organismo, que propiciam um efeito tranqüilizante e analgésico no praticante regular, que frequentemente se beneficia de um efeito relaxante pós-esforço e, em geral, consegue manter-se um estado de equilíbrio mental mais estável.

Atividades como caminhada e corrida são os exercícios físicos mais utilizados para o tratamento da depressão. Estudos mostraram que, para a redução efetiva dos sintomas de depressão, é necessária a prescrição de exercícios com duração de 30 minutos, onde atividades longas e menos intensas são preferíveis, por interromperem, com maior eficiência, pensamentos depressivos. Tendo em vista que a maioria destes pacientes é sedentária, preconiza-se a frequência de duas a quatro vezes por semana. Exercícios pesados, como musculação, também são indicados.

A relação entre o papel do exercício e da atividade física no tratamento da depressão se direciona para duas vertentes: a depressão promove redução da pratica de atividades físicas e a atividade física pode ser um coadjuvante na prevenção e no tratamento da depressão. Assim, tendo em vista os benefícios físicos e psicológicos provenientes da atividade física em geral, pode-se concluir que sua pratica por indivíduos depressivos, sob orientação especializada, é capaz de promover a prevenção e redução dos sintomas depressivos.



* Dr. Adriano Gannam é Psiquiatra

Conheça a diferença entre a Gripe e o Resfriado

Se existe algo que nós sempre pensamos quando nos molhamos na chuva, ou saímos em uma manhã ou noite fria sem agasalho... é nos “velhos conhecidos” gripe e resfriado. Estamos acostumados a considerá-los como se fossem a mesma coisa, até porque são tão comuns no nosso dia a dia que ouso dizer que não existe um único ser humano que não tenha passado por eles...

A gripe é uma doença infecciosa que acompanha o homem ao longo de diversos períodos históricos. Existem relatos de gripes há 400 anos antes de Cristo; mas a mais famosa de todas foi a Gripe Espanhola que dizimou grande parte da população européia de 1918 a 1919. Após essa famosa pandemia ocorreram várias outras como a Gripe Russa, a de Hong-kong, Asiática e agora em tempos atuais a Gripe Suína.

O vírus da Gripe, conhecido como vírus Influenza, invade nosso corpo fazendo com que sintamos febre, congestão nasal, dores principalmente nas juntas (articulações), nos músculos, na garganta e na cabeça, fraqueza, perda de apetite e desânimo; de tal forma que nosso organismo fica muito debilitado e sujeito a contrair infecções mais graves como:

• Pneumonia viral e bacteriana que mata muitas crianças e idosos no mundo todos os anos;

• Encefalite – inflamação no Sistema Nervoso Central acometendo cérebro e seus revestimentos;

• Miocardite – mais raramente pode acometer o coração causando inflamação com comprometimento importante da função cardíaca.

A gripe é causada por uma grande variedade de subtipos de vírus Influenza de tal forma que a intensidade e gravidade da infecção vão depender da interação do sistema de defesa do ser humano com o vírus. Por exemplo, o vírus da Gripe Suína é um vírus Influenza que apresenta características peculiares que a maioria da população não está preparada para lidar com ele e por isso tem causado tantas mortes, já ao nosso redor conhecemos pessoas que ficam gripadas e se recuperam bem porque são subtipos de vírus semelhantes a outros a que tivemos contato prévio. Esta é a idéia da vacina contra a Gripe... os laboratórios selecionam um grupo de subtipos de vírus que mais acometeram as populações recentemente e preparam a vacina com componentes destes vírus, só que inativos (mortos), de tal forma que ninguém pega gripe transmitida pela vacina de gripe. Se ela ocorrer é porque a pessoa teve contato com outro subtipo de vírus que a vacina não contemplou, ou as defesas do indivíduo está muito debilitada ou não é gripe, e sim resfriado...


Ah, então o que é resfriado? Resfriado é uma infecção local, auto-limitada que causa coriza, congestão nasal de forma fugaz, dura poucos dias causada por um vírus chamado Rinovirus. A coriza e congestão nasal ocorrem tanto na gripe quanto no resfriado só que na gripe corpo fica todo acometido e debilitado, no resfriado não, ele é de caráter benigno.

Portanto, vamos incentivar que todos os nossos queridos familiares sejam vacinados anualmente para a gripe a fim de evitar que o pior aconteça e para que possamos curtir a vida em toda a sua plenitude.

* Dr. Sérvio Paixão é Cardiologista