quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Perguntas frequentes - Doação de órgãos

O que é transplante?


É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de uma pessoa doente (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

Quem pode e quem não pode ser doador?

A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.

Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?

É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja porque "não acontece comigo ou com a minha família" ou "isso só acontece com os outros e eles que decidam".

Quero ser doador. O que devo fazer?

Todos nós somos doadores, desde que a nossa família autorize. Portanto, a atitude mais importante é comunicar para a sua família o seu desejo de ser doador.

Quero ser doador. A minha religião permite?

Todas as religiões têm em comum os princípios da solidariedade e do amor ao próximo que caracterizam o ato de doar. Todas as religiões deixam a critério dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores de órgãos. Veja a posição de algumas:
• Judaica - Nada mais judaico do que salvar uma vida;
• Anglicana - Doação de órgãos, um ato de amor a serviço da Vida;
• Católica Romana;
• Umbanda e cultos Afro-brasileiros;
• Doutrina Espírita.

Quando podemos doar?

A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, nos tornamos doadores em situação de morte encefálica e quando a nossa família autoriza a retirada dos órgãos.

O que é morte encefálica?

Morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita. No diagnóstico de morte encefálica, primeiro são feitos testes neurológicos clínicos, os quais são repetidos seis horas após. Depois dessas avaliações, é realizado um exame complementar (um eletroencefalograma ou uma arteriografia).

Uma pessoa em coma também pode ser doadora?

Não. Coma é um estado reversível. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não. Uma pessoa somente torna-se potencial doadora após o correto diagnóstico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.

Como o corpo é mantido após a morte encefálica?

O coração bate à custa de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.

Como proceder para doar?

Um familiar pode manifestar o desejo de doar os órgãos. A decisão pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.

Quem paga os procedimentos de doação?

A família não paga pelos procedimentos de manutenção do potencial doador, nem pela retirada dos órgãos. Existe cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) para isso.

O que acontece depois de autorizada a doação?

Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.

Quem recebe os órgãos doados?

Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.

Quantas partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?

O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

Podemos escolher o receptor?

Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.

Quem são beneficiados com os transplantes?

Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.

Existe algum conflito de interesse entre os atos de salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para transplante?

Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é considerada depois da morte, quando todos os esforços para salvar a vida de uma pessoa tenham sido realizados.

Qual a chance de sucesso de um transplante?

É alta. Mas muita coisa depende de particularidades pessoais, o que impede uma resposta mais precisa. Existe no Brasil pessoas que fizeram transplante de rim, por exemplo, há mais de 30 anos, tiveram filhos e levam uma vida normal.

Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?

Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.

Quanto custa um transplante e quem paga?

Cerca de 86% das cirurgias são financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de tratamento, cujo custo pode variar entre menos de mil reais (transplante de córnea) a quase 60 mil reais (transplante de medula óssea). Os valores previstos na Tabela do SUS em 2008 são os seguintes:
• Córneas 711,46
• Rim doador cadáver 19.272,15
• Rim doador vivo 14.828,17
• Fígado doador cadaver 52.040,00
• Fígado doador vivo 52.070,92
• Coração 22.242,49
• Pulmão 37.070,92
• Pâncreas Isolado 14.828,18
• Pâncreas + Rim 26.020,06
• Medula Óssea 57.997,00

* Fonte: Site ADOTE (Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dores do bebê, como evitá-las?

O choro do bebê é sempre angustiante. Nada melhor do que procurar manter uma boa interação com o seu filho, de modo a perceber o que ele está querendo dizer, pois chorar é o meio encontrado para se expressar, de dizer que esta com fome, sono, irritado, com dor ou, simplesmente uma reação ao excesso de estímulos recebidos no decorrer do dia.
Recomenda-se, paciência e tranquilidade para identificar o motivo e não agravar mais ainda com estresse desnecessário. Comece avaliando cada possibilidade.

Fome
Como o bebê mama com maior frequência nas primeiras semanas de vida, a mãe pode ficar insegura achando que o seu leite e fraco, o que não é verdade. São várias situações, como posição inadequada do bebê ao mamar ao seio materno, pega errada, abocanhando so o bico do peito sem envolver a auréola, daí não esvaziando os canais de leite, satisfatoriamente, e, até mesmo, exacerbação do reflexo primitivo do bebê, chamado reflexo da procura, onde sempre que se esbarra nos cantos dos lábios, ele volta a cabeça como se estivesse procurando mamar.

Sono
Muitas vezes, o bebê quer dormir, nao consegue e se irrita. Será que o ambiente está calmo, sem ruídos em excesso? Ou, ao contrário, agora está calmo, mas ele foi muito estimulado no decorrer do dia, muita visita, muito colo, muitas brincadeiras etc. TV, radio, aparelho de som, telefone e gente falando alto podem deixa-lo irrequieto, e, mais tarde, dificultar o sono.

Calor / Frio
Tanto o excesso de agasalhos quanto a falta deles, podem levar ao desconforto termico, gerando irritabilidade e choro.
Alguns pais tendem a colocar muita roupa nos bebes, o que pode provocar febre, sonolencia, moleza e, ate mesmo, desidratacao.

Limpeza
Quem gosta de ficar sujo ou molhado? O bebê certamente, não. Pode ficar irrequieto, choroso. Alem do mais, a continuidade do atrito das fraldas em areas umidas da pele sensivel do bebe, em contato com residuos de amonia, das fezes e urina, pode levar a assaduras, dolorosas e irritantes. Assim, manter a higiene a cada troca, lavando bem o local antes da aplicacao da pomada usual, preventiva.

Cólica
Uma das primeiras manifestacoes de dor no recem-nascido e a tao temida colica . Algumas medidas simples sao importantes para evita-las:

• Ofereça ao bebê somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos;
• A partir do seis meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais, conforme a orientação pediátrica.
• Oferecer as mamadas sem rigidez de horário, amamentando o bebê sempre que ele der sinais de fome, evitando que ele chore e fique agitado pela demora em receber o alimento.
• Amamentar e um momento mágico, em que o ideal e que haja total interação entre a mãe e o bebê, procurando manter o ambiente calmo, sem barulhos e distrações desnecessárias. Evite, também, brincadeiras excitantes com o bebê, antes e logo após as mamadas.
• Cerca de meia hora após a mamada, coloque o bebê em posição ereta, de pé no seu colo, olhando por cima dos seus ombros, mantendo suas costas apoiadas com a mão e batendo levemente nas costas para que ele arrote, eliminando o ar deglutido durante a mamada, que pode distender o abdomen e provocar cólica.
• Se a criança parece estar satisfeita, não insista para que continue a mamar contrariando sua vontade.
• Mamar deitado, nem pensar!
• Procure colocá-lo para dormir com o tronco levemente inclinado, deitado para o lado esquerdo, propiciando melhor esvaziamento gástrico. Não colocá-lo nem de bruços, nem de barriga para cima.
• Procure facilitar a eliminação de gases e/ou fezes para aliviar a cólica. No entanto, ao fazer exercícios colocando o bebê deitando de costas e flexionando suavemente suas pernas, deve-se tomar cuidado para não comprimir demais as pernas sobre o adomen, porque nessa situação ao apertar a barriga, estariamos comprimindo o estômago, e desta forma, regurgitações, vômitos, irritabilidade; ou seja, manifestações de refluxo gastro-esofágico, que exacerbariam as crises de dor.
• Se o bebê estiver com uma crise de cólica (chorando muito de forma inconsolável, encolhendo e estimulando as pernas), coloque-o no seu colo deitado de barriga para baixo - "barriga com barriga". Caso, não melhores, coloque uma fralda um pouco aquecida ou uma bolsa de água morna sob a barriga.
• A cólica raramente persiste depois dos 3-4 meses de idade. Quando o bebê dormir, procure descansar também. Peça que outras pessoas a ajudem a cuidar do bebê se estiver muito cansada.
• Se, a despeito das medidas acima, seu bebê persistir chorando muito, procure seu pediatra para que ele o examine e o oriente.
• Se o bebê estiver recebendo mamadeira (prefira sempre o copinho), certifique-se que o buraco do bico da mamadeira não esteja muito grande, caso contrário ele mamará muito rápido e engolirá ar em excesso.

Uma outra situação que tambem tira o sono da criança e dos pais e a dor de ouvido (otalgia).
• Existe um pequeno canal que comunica o nariz e o ouvido, chamado tuba auditiva; assim, se o bebê permanece muito tempo com obstrucao nasal, a aeracao deste canal sera prejudicada, gerando pressao e infecção nos ouvidos.
• As medidas anti-refluxo gastresofagiano, como as citadas anteriormente (leite materno exclusivo, não amamentar deitado, manter cabeceira elevada, posição lateral ao dormir) são eficazes na prevenção da otalgia.
• Também, nesse caso, o aleitamento exclusivo nos primeiros meses de vida, e fator preponderante para evitar tal sofrimento.

Receitas caseiras
• Esquente um pano com ferro morno e coloque-o na barriga da crianca.
• Flexões das coxas sobre o abdome ajudam na eliminação de gases.
• Dê um banho.
• Faça uma massagem suave na barriga.
• Coloque uma música calma.
• Converse com ele. A voz da mãe tranquiliza a criança.
• Ponha-o no colo e embale-o.
• Coloque-o em contato com a pele - a respiração e o cheiro da mãe, o ajudam a se lembrar do útero e a se acalmar.

* Dra. Efigenia Vanda de Jesus é Pediatra

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os Cuidados com os Remédios Durante a Gestação

O cuidado com a ingestão de alimentos e fármacos durante a gestação e a lactação vem sendo aconselhados desde a antiguidade, mas foi após a tragédia da Talidomida, em 1956, que a segurança do uso de medicações durante a gestação está sendo mais questionada.
Na primavera do hemisfério norte de 1961 uma epidemia de crianças deformadas foi noticiada primeiramente na Austrália e logo após na Alemanha e na Inglaterra, nas quais o único fator comum era uma droga conhecida como talidomida, consumida pelas pessoas como substância de efeito calmante.
O medicamento Talidomida, foi primeiramente posto no mercado alemão em 1957 e se tornou muito popular como sedativo. Vendida e apresentada como remédio sem efeitos tóxicos, a talidomida espalhou-se rapidamente em todo o mundo ocidental, exceto nos Estados Unidos, onde ela não foi permitida. Muitas gestantes tomaram tabletes de talidomida sob prescrição médica simplesmente para passarem uma noite tranquila.
Então, a administração de medicamentos á mulher grávida pode influir sobre o feto de diversas maneiras; desde melhorar suas perspectivas de vida e seu desenvolvimento ao melhorarem enfermidades maternas, até levar as malformações congênitas sem afetar sua sobrevida ou afetá-la até sua morte.
O efeito nocivo das drogas, durante a gestação, é dependente do tipo de droga, da dose administrada, da idade gestacional no momento do uso. Na década de 60 tomamos consciência de que a placenta não é um filtro seletivo que deixe passar ao feto somente o que lhe seja benéfico.
Deve-se levar em consideração que cerca de 80% das grávidas utilizam quatro ou mais drogas durante a gestação (excluídas as vitaminas), e que 65% usam medicações não prescritas por médicos, e que quando uma gestante consome um medicamento, dois pacientes estão sendo tratados. Além disso, virtualmente, todos os fármacos ultrapassam a placenta, e a resposta fetal aos fármacos é diferente da materna, resultando em maior toxicidade, devido á uma maior permeabilidade sanguínea cerebral e função hepática mais deficiente.
O período de maior sensibilidade ás anomalias fetais na espécie humana é o período embrionário, da organogênese (formação dos órgãos fetais) que vai aproximadamente do 17º ao 57º dia pós-fecundação (primeiro trimestre). Após esse período, entretanto, certos órgãos internos como genitais, e o cérebro continuam seu desenvolvimento podendo ser adversamente afetados por drogas como álcool, fumo, cocaína, etc., provocando profundos efeitos sistêmicos e cardiovasculares na mãe e no feto, que podem levar á complicações como mal-formações, parto prematuro, descolamento prematuro da placenta.
Assim, é sempre recomendável informar ao médico pré-natalista antes do uso ou ingestão de qualquer medicação ou substância. Vale também valorizar aqui, o uso do ácido fólico no primeiro trimestre da gestação, que visa prevenir malformações do tubo neural fetal, e lembrar que a auto-medicação é uma comportamento arriscado, principalmente durante a gravidez.

* Pediatras Hospital HINJA

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

WORKAHOLICS – pessoas viciadas em trabalho

Workaholic é uma expressão americana que serve para designar uma pessoa viciada em trabalho. É um termo proveniente do alcoholic (viciado em álcool). Pode ser caracterizado como um fenômeno comportamental crescente nas organizações, com maior incidência em organizações que possuem uma cultura extremamente competitiva, com intensa exploração do potencial do colaborador e acelerado ritmo de trabalho.
Este tipo de pessoa geralmente não consegue se desligar do trabalho, mesmo nos momentos de folga. Ela sofre por gerar para si uma qualidade de vida muito ruim, advinda das pressões do dia-a-dia e de uma auto exigência exagerada. Este profissional, não raramente, pode apresentar insônia, mau-humor, sensação de impotência frente às dificuldades, manifestação de atitudes agressivas em situações de contrariedade, estresse, depressão.
O avanço tecnológico aparece como um forte colaborador para o surgimento deste tipo de comportamento. Internet, mensagens instantâneas por e-mail e celulares, fax, contribuem para que o individuo não se desligue de seu trabalho, permanecendo 24 horas online. O medo de fracassar é quase uma constante nas emoções cotidianas do workaholic. Este medo impulsiona o profissional a tentar sempre mais e melhores resultados, em uma busca sem fim por eficiência e eficácia. Muitos podem ser conduzidos ao excesso no trabalho por alguma compulsão interna, como para superar uma baixa auto-estima, por exemplo.
Os workaholics são aceitos e freqüentemente estimulados pela sociedade, que os vê somente como um trabalhador árduo tentando prover o melhor para si e sua família. Com o aumento da competitividade no mercado de trabalho, e da exigência desmedida de qualificação profissional, muitas pessoas se vêem na obrigação de atender indiscriminadamente às solicitações deste mercado , passando a, com o uso de um ditado popular, viver para trabalhar, e não trabalhar para viver.
Vale salientar a importância de não confundir trabalhar demais com ser viciado em trabalho. Algumas atividades demandam maior quantidade de tempo para sua execução, não necessariamente tornando o profissional um workaholic. Pessoas que trabalham demais podem ser capazes de distinguir as fronteiras entre a vida profissional e a pessoal, conseguindo realizar suas atividades “extra-trabalho” normalmente, enquanto os viciados em trabalho, em geral, não têm vida pessoal e não conseguem viver tranqüilamente fora do trabalho.
Há estudos que afirmam que existe uma versão mais saudável desse perfil, o worklover. Este profissional, mesmo trabalhando muitas horas por dia, consegue encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal/lazer. Segundo Mendes (1999), a atividade profissional escolhida com base nas inclinações pessoais, proporciona melhores meios à sublimação. Isso se demonstra na criatividade, na inovação e na criação de oportunidades. Significa dizer que o prazer no trabalho consiste em um dos elementos fundamentais do equilíbrio psíquico, que cria identidade social. Resumindo, no worklover aparece um espaço comum entre a identidade individual e a profissional, sem que uma afete negativamente a outra.
O importante é que todos nós, profissionais, entendamos que a constituição da identidade profissional é, ao mesmo tempo, um processo individual e social. Nossas escolhas relacionadas ao trabalho derivam das experiências e interesses pessoais; resultam, também, da história de vida particular do indivíduo, de como se deram e se dão suas interações sociais e familiares, e dos conceitos e valores formados destas vivências. Para que a vida dentro do trabalho tenha sentido e significado para o sujeito, é necessário que a vida fora do trabalho também faça sentido. Atrelar prazer ao trabalho cotidiano pode levar o profissional a alcançar uma melhor qualidade de vida, além de ganhos significativos também financeiramente.

* Gláucia da Silva Veigas de Macedo é Psicóloga