quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Unhas Frágeis

A síndrome das unhas frágeis é uma queixa comum, caracterizada plo aumento da fragilidade das lâminas ungueais. Afeta quase 20% da população geral, sendo mais comum m mulheres. Mesmo sendo tão usual e afetando os pacientes de maneira importante em seu cotidiano, o tratamento das unhas frágeis avançou pouco nas últimas décadas.
Para a maioria dos pacientes o incômodo é primordialmente estético, mas muitos também se queixam de dores, além de dificuldades nas atividades cotidianas e laborais.
Sua gravidade varia desde leve descamação da borda até perda total borda da unha.
Um mito que vem sendo paulatinamente desmentido é o que admitia que a resistência ungueal é devido à quantidade de cálcio. Hoje sabe-se que o enxofre é mais importante para a resistência ungueal do que o cálcio.
A exposição a agentes químicos (solventes, ácidos, sais, etc ), alguns cosméticos (formaldeído), fungos e traumas repetitivos (digitação) podem interferir na resistência das unhas. Além disso, esses fatores parecem atuar de maneira cumulativa, determinando maiores alterações ungueais com a maior exposição ao longo do tempo. Outro fato a salientar é que unhas de idosos têm maior suscetibilidade para unhas frágeis.
O desenvolvimento ungueal também pode estar comprometido por alterações primordiais em sua formação, como intoxicação por arsênico, hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes, gravidez, anorexia, bulimia, deficiências circulatórias, uso abusivo de removedores de esmalte, anemia, sarcoidose, infecções crônicas, policitemia vera e outros.
Algumas doenças provocam alterações ungueais que se confundem com unhas frágeis, como psoríase, líquen plano, eczema, onicomicose e outros. Muitas das vezes a alteração ungueal é a única manifestação destas doenças, dificultando ainda mais o diagnóstico.
Alguns cuidados auxiliam no tratamento das unhas frágeis, como evitar contato frequente com substâncias químicas abrasivas. O tratamento com biotina é, atualmente, o melhor resultado, com melhora do quadro em até 67% dos casos.

* Dra. Cynthia Furtado é Dermatologista

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fezes do bebê - Tire suas dúvidas!

A primeira evacuação do recém-nascido,  e o conteúdo intestinal do feto, de uma cor estranha preto-esverdeada, pastosa, composta de bile, muco e celulas epiteliais descamadas, e somente e totalmente eliminada por volta do terceiro ou quarto dia de vida. Até la, as fezes serão espessas, viscosas, tipo graxa, constituindo o que chamamos de mecônio.

• Atenção! Na primeira semana de vida, o bebê aleitado exclusivamente ao seio, apresenta evacuações frequentes a cada mamada; as fezes são moles, amareladas, com grumos, principalmente se ele esvaziou bem o seio, ingerindo grande quantidade do leite do final da mamada, rico em gorduras. Portanto, isso é totalmente normal, e não há risco de desidratação. É o que chamamos de diarréia fisiológica do recém-nascido.
• Gradativamente, a capacidade digestiva da criança vai aumentando, e, até o final do segundo mês de vida, o aparelho digestivo ainda não esta apto a digerir ada que não seja leite, preferindo o leite materno pela fácil digestibilidade. Neste caso, os bebês mamam e evacuam em seguida, com mais frequência.
• Lembrem-se: com o crescimento do bebê e, consequente amadurecimento do sistema digestivo, as fezes podem se tornar mais consistentes. Podem evacuar uma vez por dia, ou a cada dois ou mais dias e, ha os que so mamam no peito e ficam de três a sete dias sem eliminar fezes. Pode ser que ele não esteja com boa pega ao seio e, ou, nao esteja ingerindo a parte final do leite, mais gordo e, laxativo. Desde que o ganho de peso seja satisfatório, sono tranquilo, urinando bastante, ou seja, nao haja intercorrencias, nao ha nada de errado em demorar um pouco mais para evacuar. E que o bebê aproveita tudo que ingere, e não sobra muita coisa para ser eliminada.
• Quando em aleitamento artificial , os bebês eliminam fezes com menos frequência, amolecidas, embora mais espessas, de cor castanho claro ou amarelo-esverdeado e um cheiro forte, acido. Os que usam leite em po podem ter as fezes mais ressecadas, devendo ter acompanhamento do pediatra, para avaliar a necessidade de troca do tipo de leite.
• Importante não culpar sempre o fato das fezes estarem endurecidas, ressecadas, pela força desproporcional que algumas crianças fazem para conseguir evacuar, se contorcendo, gemendo, parecendo estar em grande sofrimento. Isso acontece muitas vezes porque sua musculatura abdominal ainda não está suficientemente forte.
• Dependendo do tipo de alimentação oferecida a criança, a partir dos seis meses, quando começa a ingerir frutas amassadas e a sopinha, surge uma variedade de tons e consistências nas fezes normais, que mudam de cor, conforme o que foi ingerido.Se ele come verduras como couve e acelga, o coco sera verde-claro; muita cenoura resulta num tom mostarda-alaranjado, beterraba da um vermelho brilhante e, espinafre, um verde musgo intenso.
• Se o trânsito pelo intestino foi feito com maior rapidez, as fezes normalmente amarelas, podem se tornar esverdeadas, sem nenhum prejuízo ao organismo, sendo consideradas normais.
• Portanto, observe sempre o aspecto das eliminações de seu filho, e quaisquer anormalidades ou dúvidas, procure o seu pediatra.
• E, o mais importante, nada justifica suspender o Leite de Peito , que devera ser preferencialmente oferecido, exclusivamente ate os seis meses e, posteriormente, mantido junto com a alimentacao complementar, ate os dois anos de idade.

* Dra. Efigênia Vanda de Jesus é Pediatra

Opinião: Adeus ano velho e feliz ano Novo

Nesta época do ano, apesar da correria parece oportuno parar e refletir.
Ouvimos comentários interessantes dos amigos e pessoas conhecidas , como: “Não vejo a hora de este ano acabar e começar o novo, quando tudo vai ser diferente”; “Ufa! O ano está terminando”; “Vou esperar este ano acabar. Ano que vem, sim, vou fazer ‘isso’ ou ‘aquilo’”; “Puxa! O ano já terminou”. Nessas horas, percebemos como é mais fácil adiar sonhos e ações para o ano seguinte do que ainda fazer algo no tempo que falta para o dito final de ano.
Observando os rituais que muita gente faz, ainda que nem sempre admita, na passagem do 31 de dezembro para o 1º de janeiro. Minutos antes ou depois da meia-noite, várias pessoas mantêm apenas um pé no chão - preparando-se para inaugurar o ano novo com o direito -, pulam ondas, comem uvas e lentilhas... Para compor esse quadro, usam vestimentas brancas, invocando a paz; amarelas, chamando a fortuna; vermelhas, para atrair paixões; e assim por diante.
Seja qual for a cor preferida para o traje, certamente uma de suas peças terá dobrado no bolso um papelzinho meio amarrotado, que será discretamente resgatado no momento oportuno. Esse é o tipo de documento consultado apenas uma vez ao ano e que serve de base para o balanço do período que se encerra. Ao abrir o bilhete, o indivíduo analisa item por item. "Yes! Consegui entrar na faculdade", e risca o primeiro tópico. "Sim, consegui me dedicar mais a minha família", e elimina mais uma linha. "Puxa... Não consegui trocar de carro", e se põe então a compor uma nova lista, com velhos e novos projetos, em um novo pedaço de papel - que só será revisto dali a 12 meses.
Porém, depois que o indivíduo escreve todos os seus objetivos, o que ocorre? Ele passa a alimentar a sua fé, esperando um tipo de mágica acontecer num prazo de 364 dias, mas não faz mais nada para que seus sonhos se realizem. Dessa forma, tais metas ficam estagnadas em um patamar muito pequeno. Por que pequeno? Porque são registradas naquele momento sublime e revisadas somente depois de um ano.
Todo mundo quer se manter altamente motivado, mas espera que esse estímulo caia do céu ou que Papai Noel o traga com os presentes. Seria muito simples se todos realmente compreendessem a que se refere a palavra "motivação" (que pode ser entendida como "motivos que levam à ação"). A motivação surge de dentro de cada um de nós e é o catalisador da reação sonhos + metas à sucesso (resultado que pode ser conquistado em todas as esferas da vida).
Mas, infelizmente, várias pessoas optam por estabelecer seu ponto de equilíbrio na zona de acomodação, de conforto, onde tudo está (aparentemente) bem e nenhum esforço precisa ser feito para mudar esse estado. Numa linguagem bem popular: nessa área, não é necessário "tirar a bunda da cadeira e agir".
No entanto, quando existe ação e ela opera em favor de objetivos planejados adequadamente e colocados no papel, as coisas começam a andar. Em um cenário como esse, é possível estar mais preparado para aproveitar as oportunidades que aparecem todos os dias em nossa frente. De outro modo, permanecemos desatentos e acabamos perdendo chances preciosas - o que dá margem a comentários do tipo: "Que azar eu tenho!"
Todavia, é importante que conste aqui: ter azar, do ponto de vista de alguns estudiosos, é estar no lugar errado e despreparado, enquanto gozar de sorte significa estar preparado no momento e local certo. A preparação é um escudo útil contra as ameaças da vida, contra os sustos que ela volta e meia nos prega, especialmente no que diz respeito ao mercado de trabalho. Quem a tem como arma se identifica cada dia menos com ditados como "A quem não sabe aonde ir, qualquer vento serve".
Que em 2011 estejamos preparados para sair da zona de conforto, focar nossos objetivos com garra , ousadia e determinação . Depende única e exclusivamente de Nós. Saúde, paz , alegria, sucesso e felicidades!

* Giselle Confort é Gerente Operacional

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ética: Facebook coloca novo dilema ético a médicos

Pesquisadores sustentam que profissionais que mantêm perfis na rede não estão preparados para lidar com pacientes no ambiente virtual

Um em cada sete médicos disseram que decidiriam caso por caso se adicionariam um paciente como amigo no Facebook.

A adesão de médicos à rede social Facebook abriu um novo debate sobre a ética desses profissionais. Estudo realizado por pesquisadores do Hospital Lariboisièreque, na França, que ouviu 400 médicos em formação na Universidade Hospital Rouen mostrou que 73% dos entrevistados mantêm perfis na rede com dados que permitem facilmente sua identificação - caso de nome real, data de nascimento e foto (91%). Um em cada sete médicos acrescentou ainda que poderia adicionar pacientes em seu grupo de amigos do Facebook.
"Essa nova interação entre paciente e médico resulta em uma situação eticamente problemática, porque não está relacionada à assistência direta ao paciente”, defenderam os autores do estudo no Journal of Medical Ethics. "Além disso, a disponibilidade pública de informações sobre a vida privada de um médico pode ameaçar a confiança mútua entre ele e seu paciente. Comentários e fotos postados on-line podem ser mal interpretados fora do seu contexto original e podem não refletir com precisão as suas opiniões e comportamentos da vida real.”
Por ora, a preocupação dos estudiosos pode ser exagerada. Poucos pacientes de fato pediram a seus médicos que os aceitassem entre seus grupos de amigos. Segundo o estudo, só 6% dos médicos entrevistados haviam recebido tal solicitação; 4% aceitaram.
Porém, os autores da pesquisa preveem que esses números vão aumentar com o tempo e apostam que os médicos não estão preparados para isso. Só 61% haviam mudado suas configurações de privacidade, mas 17% não lembravam que alterações haviam promovido. Profissionais com menos de um ano de cadastro na rede se mostraram mais suscetíveis a erros nessas configurações. Além disso, 55% davam informações profissionais no perfil e 59%, dados sobre sua formação.
A grande maioria, contudo, ainda diz que recusaria imediatamente um pedido de amizade de um paciente (85%). As razões mais citadas para isso são o medo de interesse romântico e a necessidade de manter uma distância profissional. Só no fim da lista apareceu a suspeita de que a relação on-line fosse antiética. O Facebook se recusou a comentar a pesquisa.
 
Fonte: Veja - Saúde

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tabagismo – Da Glória a Decadência

No início do século passado, o fumo era pouco popular como forma de prazer, seu consumo era restrito a cerimônias religiosas tribais e indígenas no continente americano como parte de rituais onde o seu papel não se vinculava ao prazer.
A partir de 1920/30 o consumo passa a aumentar de forma exponencial, a indústria do tabaco começa a patrocinar o cinema e os grandes astros de Hollywood. Até hoje é possível rever clássicos do cinema em que o galã, a mocinha e até o bandido fumavam, como no filme Casablanca e, por incrível que pareça, até o marinheiro Popeye fumava!
A indústria do tabaco foca na juventude ligando fumo à liberdade e à independência, de tal forma que década após década, o tabagismo avança de forma exponencial.
Aparecem no começo, poucos indícios de seus malefícios, como descompensação pulmonar em portadores de asma, porém, como a população que mais fumava sempre foi a jovem, as associações do tabagismo com diversas patologias eram difíceis de se provar.
Com o avanço da ciência e da medicina, a expectativa de vida começa a aumentar, mostrando que o tabagismo a longo prazo causa graves problemas de saúde. No mundo, tabagismo é considerado a principal causa de doença. Matou prematuramente 5 milhões de americanos no ano 2000. Anualmente é responsável por 400 mil mortes só nos EUA.
No Brasil, o cigarro provoca um prejuízo anual para o sistema público de saúde de pelo menos R$ 338 milhões, o equivalente a 7,7% do custo de todas as internações e quimioterapias no País. O cálculo, feito pela primeira vez no Brasil, considerou o gasto com hospitalizações e terapias quimioterápicas em pacientes de 35 anos ou mais, vítimas de 32 doenças comprovadamente associadas ao tabagismo no ano de 2005. Estima-se que 22,4% da população brasileira fumem.
No resto do mundo a mesma história se repete...
A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes, que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. Na fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão. Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contém mais de 60 cancerígenos, sendo os principais citados abaixo:

• As substâncias tóxicas do cigarro
Nicotina – É a causadora do vício e cancerígena;
Benzopireno – Substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;
Substâncias radioativas – Polônio 210 e carbono 14;
Agrotóxicos – DDT;
Solvente – Benzeno;
Metais Pesados – Chumbo e Cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões).
Níquel e Arsênico – Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes resultando em grangrena dos pés, causando danos ao miocárdio.

Várias doenças comuns no nosso dia-a-dia guardam relação direta com o tabagismo, entre ela diversos tipos de cânceres: boca, língua, orofaringe, laringe, esôfago, estômago, intestino, bexiga, pulmão, rim, fígado, pâncreas, colo de útero, leucemia, ou seja, está relacionado a 60% dos casos de cânceres diagnosticados no Brasil, e no mundo.
E se não bastasse, é fator de risco importantíssimo para o surgimento do mal do século: as doenças cardiovasculares ateroscleróticas (as principais: acidente vascular encefálico – derrame e o infarto agudo do miocárdio – ataque cardíaco).
No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte todos os anos, isso sem falar do exército de pessoas sequeladas em consequência de derrames e infartos com qualidade de vida comprometida.
O tabagismo também é responsável por surgimento e agravamento de várias doenças pulmonares, entre elas a DPOC, conhecida popularmente como bronquite crônica, enfisema pulmonar e as crises asmáticas. O pulmão é gravemente atingido porque o desenvolvimento pulmonar se completa aos 25 anos – idade em que muitos jovens estão fumando há mais de 5 anos.
A osteoporose, que é um pesadelo entre as mulheres, também é agravada pelo tabagismo.
Vale ressaltar ainda que o fumo durante a gestação é causa de aborto espontâneo e do baixo peso da criança ao nascimento.
O pior de tudo é que todos estes riscos citados ocorrem também no fumante passivo. Isso mesmo, você que fica ‘fumando’ indiretamente pelo simples fato de conviver com quem fuma.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1) Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior que câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2) Em crianças:
• Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma.
3) Em bebês:
• Um risco cinco vezes maior de morrerem subitamente sem causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até um ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Medidas Governamentais

Algumas empresas criaram programas anti-tabagismo pagando tratamento médico e psicológico, porém, no final de determinado prazo, todos funcionários fumantes que mantiveram o vício são convidados a sair da empresa.
A organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o tema “juventude livre do tabaco” para a celebração do Dia Mundial sem Tabaco 2008, comemorado no dia 31 de maio.
O tabagismo é considerado pela OMS uma doença pediátrica, pois a maioria dos fumantes experimenta seu primeiro cigarro e se torna dependente antes dos 18 anos de idade. Por serem os jovens mais vulneráveis às estratégias de propaganda e marketing desenvolvidas para captar novos consumidores, observam-se números preocupantes: cerca de 100 mil jovens começam a fumar todos os dias.
O Dia Mundial Sem Tabaco oferece uma grande oportunidade para propor reflexões sobre o consumo do tabaco para toda a sociedade brasileira, sobretudo para profissionais de saúde e de educação, formuladores de políticas públicas e legisladores brasileiros.

Pare de Fumar!

Desde de dezembro de 2000, medidas governamentais vêm sendo duras no combate à propaganda e divulgação do cigarro, praticamente proibindo qualquer tipo de vinculação de bem-estar e sucesso ou mesmo esporte ao tabagismo. Além disso, fumar em alguns lugares públicos é proibido e sujeito a constrangimentos cada vez mais frequentes. Parar de fumar durante muitas décadas dependia exclusivamente da vontade da pessoa que fuma. Hoje, existem inúmeros métodos e medicamentos disponíveis para ajudar o fumante a largar definitivamente o vício.
A melhor maneira de saber é procurando o seu médico ou um especialista e perguntando como se tratar ou ajudar uma pessoa que é importante para você, a parar de fumar.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco:
• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão.
• 5 vezes maior de sofrer infarto.
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar.
• 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.

Se parar de fumar agora
• Após 20 minutos, sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.
• Após 2 horas, não tem mais nicotina no seu sangue.
• Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
• Após 2 dias,, seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor.
• Após 3 semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação melhora.
• Após 5 a 10 anos, o riso de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.

Quanto mais cedo você parar de fumar, menor o risco de se dar mal. Quem não fuma aproveita mais a vida!

* Dr. Sérvio Paixão é Cardiologista

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A influência dos alimentos no humor

A relação entre a alimentação e o humor das pessoas está comprovada cientificamente. Dietas para perder peso que restringem de forma errada ou até eliminam determinados grupos de alimentos, são desequilibradas e podem afetar negativamente o humor das pessoas, além de serem prejudiciais à saúde.
O maior público, atualmente, de dietas para perda de peso, são mulheresm apesar de estarmos com um número bastante significativo de homens preocupados com a estética (além da saúde).
A alegria e a tristeza também têm origem bioquímica no laboratório que cada um carrega dentro de si. Através da chamada “nutrição inteligente” pode-se dar uma ajudinha. Alguns alimentos fornecem nutrientes e substâncias que participam da produção de neurotransmissores que são mensageiros químicos capaz de fornecerem a comunicação de células do sistema nervoso.
Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor, ela é também conhecida como substância “mágica” e “sedativa”, que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.
Os níveis de serotonina no cérebro são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina). O Triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção da serotonina e assim é capaz de reduzir sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e mesmo induzir o sono.
A alimentação, ou mesmo uma dieta pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e à depressão, assim como determinadas dietas em excesso de proteínas.
O melhor caminho é sempre o do equilíbrio, nem mais nem menos. É seguir a orientação de um profissional capacitado para que sua saúde não seja alvo de experiências infundadas.
São fontes de triptofano: carnes magras, batata inglesa, feijão, ervilha, abacaxi, soja e derivados, peixes, leite e derivados, nozes e leguminosas.
São fontes de carboidratos: pães, cereais integrais, bicoitos integrais, massas integrais, frutas, leguminosas, chocolate amargo (com moderação).
Para temperar a alegria durante o dia, não se deve passar mais de quatro horas sem se alimentar, ficar em jejum por muito tempo reduz os níveis de glicose no cérebro e faz com que aquela nuvem cinza do mau humor se instale. Uma boa dica é aumentar a ingestão de abóbora. Outra dica é acrescentar na salada fatias de espinafre, que é rico em ácido fólico e ajuda no tratamento da depressão. A banana é outra boa opção para lanches rápidos, rica em potássio e triptofano, sucrose, glicose e frutose. Todas estas dicas estão envolvidas para a manutenção do bom humor.

Renata Braga é Nutricionista

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Opinião - O Calendário da Vida

Ano Novo Vida Nova, não é assim que dizemos? O que pode ou não mudar em alguns minutos ou em poucas horas na Vida de uma pessoa? Se resgatarmos a terrível tragédia que acometeu a cidade de Angra dos Reis e a Ilha Grande, veremos que em alguns poucos minutos ou segundos muita coisa pode Mudar, e Mudar de forma definitiva. Ou seja, deixar de existir. No nosso calendário pessoal nem sempre os acontecimentos acontecem ou deixam de acontecer porque estamos no fim do ano Romano, o da Igreja Católica Apostólica Romana. Em muitas oportunidades de nossas vidas algo existe, ou passa a existir a partir de certo momento, como acaba ou inexiste, porque passamos a perceber que já não faz sentido persistir, insistir, progredir com algo que no intimo percebemos que acabou. Esse fim das coisas, dos relacionamentos, das parcerias, das alianças, é muitas vezes, sentido pelas pessoas. Às vezes percebemos como uma paixão, um amor que um dia foi TUDO na VIDA começa a ficar diferente, pequeno, incomodativo, aborrecido, ferido, inexistente. O contrário disso é quando ocorre uma Tragédia. O que ela tem de diferente? Ela simplesmente não nos deixa alternativas ela simplesmente Acontece, ela É, e pronto com todas as suas consequências e desdobramentos. Ninguém a programa e, no entanto ela acontece de forma devastadora e irreversível, deixando aos seus sobreviventes algumas alternativas. A misericórdia de DEUS nunca o levará, aonde a graça de DEUS não lhe alcançará, Nessa frase do BEM, que anda circulando na WEB, pode nos confortar, e muito, nessas horas. Até porque necessitamos munir o homem de instrumentos de amor e esperança para erguê-lo e às vezes nos transformando em pessoas melhores, menos fúteis, mais adaptadas, solidárias, para podermos de frente enfrentar a vida, com tudo que ela possui de misterioso, nebuloso, divino, mágico e grandioso, pois, afinal foi JESUS que afirmou: “Eu vim para que todos tenham VIDA, e a tenham em abundância”. Que no calendário da Vida de cada um de nós, sempre haja espaço para esperança, alegria e a força da ressurreição.

* Dr. Ricardo Name é Reumatologista

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sapinhos: cuidados e tratamento

O sapinho oral é uma infecção superficial da mucosa da boca que acomete 2 a 5% dos recém-nascidos normais. É causado por um fungo chamado Cândida albicans ou Monilia, daí ser oficialmente denominado de Candidíase ou Monilíase oral.
Esse fungo encontra-se no trato digestivo das pessoas em equilíbrio com o organismo, normalmente sem causar dano algum e, só vai causar doença se surgirem condições que favoreçam uma queda da imunidade – como uso prolongado de antibióticos, corticóides ou, no caso do neonato, pela pouca defesa natural do organismo nessa faixa etária, podendo ocorrer no início da segunda semana de vida.
Assim, quando a imunidade cai, o organismo fica fragilizado, sem defesa, não conseguindo combater esses fungos, favorecendo a sua proliferação e conseqüente infecção, que pode ser assintomática ou causar dor, inquietude, dificuldade de aceitação das mamadas, com redução da alimentação.
São placas esbranquiçadas, de aspecto leitoso, cremosas, sobre base avermelhada, forrando toda a mucosa da boca – gengivas, lábios, palato, língua e bochechas. Apesar da placa do sapinho invadir a mucosa superficialmente, a tentativa de removê-la pode causar pontos discretos de sangramentos.
A forma de prevenção mais eficaz consiste em medidas simples de higiene e cuidado no manuseio dos objetos do bebê. Portanto, lavar as mãos antes de cuidar do bebê. O ideal é não usar bicos, chupetas e mamadeiras, pois o melhor alimento é o leite materno exclusivo, isto é, sem água, chá ou mamadeira, até os seis meses de idade e, depois, complementado com outros alimentos, manter o aleitamento até os 2anos. Mas, se for necessário utilizá-los – bicos, chupetas, mamadeiras, lembrar de mantê-los bem limpos e fervidos. Outro cuidado importante que merece ser mencionado, evitar beijar a boca dos bebês!
O tratamento mais atual consiste na administração de medicamentos por via oral que combatem os fungos, dispensando medidas enérgicas e traumáticas de limpeza da boca. No mais, leite materno, amor e carinho, aliados a cuidados de higiene, mantendo tudo bem limpo e fervido.

Dra. Efigênia Vanda de Jesus é Pediatra

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Prevenção e cuidados nas férias

Férias,tempo de alegria para as crianças e preocupações para seus pais.
Os acidentes na infância assumem cada vez mais importância, já que representam, dependendo da referência, a principal causa de mortalidade após os dois anos de vida.
Depois dos acidentes de trânsito envolvendo veículos motorizados, os afogamentos constituem o mais freqüente motivo de mortalidade na infância por causa externa. Além disso, uma quantidade significativa de mortes infantis é causada por aspiração ou ingestão de alimentos que provocam obstrução ou sufocação, ou ainda, por aspiração ou ingestão de qualquer outro objeto que provoque obstrução do trato respiratório.

Quedas

O atendimento da criança vítima de queda na fase inicial é fundamental para estabilização da mesma e para a prevenção de seqüelas. A avaliação definitiva e o trata-mento da maioria das demais lesões, podem ser realizados após recuperação das condições respiratórias, ventilatórias e hemodinâmicas da vítima( ABC do trauma). A imobilização cervical deve ser mantida até que se exclua o diagnóstico de lesão de medula. Na avaliação inicial, considera-se a altura, tipo de superfície, e se houve interrupção durante a queda. De acordo com a área que sofreu impacto, pode-se deduzir prováveis lesões.

Queimaduras

É um dos acidentes mais freqüentes em pediatria. A maioria das queimaduras em crianças ocorre no lar, onde predomina o acidente por líquidos quentes, agentes de escaldura, enquanto os acidentes por chamas, embora ainda muito presente no domicílio, começam a surgir em lugares mais diversificados, quanto maior for a idade.
A cozinha é de grande importância no acidente domiciliar, especialmente no momento do preparo dos alimentos. O tratamento é muito doloroso, com seqüelas físicas e psíquicas e altas taxas de mortalidade, além de dificuldade de ajustes sociais. O custo financeiro é elevado. A criança é a principal vítima das queimaduras, muitas vezes fatais.
A prevenção constitui a única medida realmente eficaz para se evitar o sofrimento determinado pela queimadura, as seqüelas e o óbito.

Primeiros cuidados após a ocorrência de queimadura:

1-Banhar as lesões com água fria por 10-20 min;
2-Administrar um analgésico comum;
3-Higienizar as lesões na medida do possível;
4-Enxugar;
5-Não usar produtos caseiros ou pomadas sobre a queimadura;
6-Envolver as lesões com lençol limpo;
7-Agasalhar; e
8-Procurar o serviço de saúde mais próximo.

Afogamentos

É considerado, pela OMS, a segunda maior causa de morte por acidentes não-intencionais. É preciso considerar os afogamentos que ocorrem em ambiente doméstico, como em baldes, banheiras, poços e tanques. As piscinas, tanto em particulares como coletivas, também são locais onde podem acontecer esses acidentes.
A prevenção é o principal elo na corrente de sobrevida para as vítimas de submersão.
O tratamento é limitado e as terapias de ressuscitação cerebral, não demonstraram melhora na sobrevida destes pacientes.
As vítimas de submersão, devem receber suporte básico no local do acidente, iniciando-se imediatamente as manobras de reanimação, com o objetivo de reduzir a hipoxia e minimizar seus efeitos deletérios (negativos). A reversão rápida da hipoxemia (baixa de oxigênio no sangue), é um dos maiores determinantes da recuperação ou lesão neurológica. Lesão neurológica permanente ocorre após 5 min de asfixia.
A retirada da água é prioritária, se a criança estiver em apnéia, deve-se realizar respiração boca a boca o mais breve possível. Constatada a ausência de pulsos, a massagem cardíaca externa deverá ser iniciada tão logo a vítima seja retirada da água.
As vias aéreas devem ser limpas, evitar as manobras de retirada de água dos pulmões, pois são ineficazes, retardando o tratamento e podem provocar aspiração do conteúdo gástrico.
Em todos os pacientes inconscientes que estavam mergulhando, deve-se suspeitar de traumatismo crânio-cervical e deverão permanecer em posição neutra,em superfície rígida,evitando sua mobilização.

Asfixia

Diante de uma criança sufocada com suspeita de aspiração de corpo estranho, deve-se observar primeiramente se ela respira ou não. Se ela não respira deve ser realizada a manobra de Heimlich, que consiste na realização de compressão abdominal, abraçando o paciente maior de 4 anos pelas costas comprimindo o abdome, e em lactentes (recém-nascidos), colocados em decúbito ventral (deitado com a barriga para baixo), pressionando-se a região posterior do tórax.
Se existe uma passagem de ar não se deve tomar qualquer medida para desobstruir as vias aéreas como introduzir o dedo na boca, tapotagem (tapas nas costas) e oferecer alimentos ou líquidos, devendo a criança ser encaminhada imediatamente para um serviço de saúde.
As principais medidas profiláticas, dirigem-se à orientação alimentar adequada de acordo com a idade da criança e com as recomendações quanto à organização e disposição no domicílio, de objetos habitualmente visados pelas crianças menores de 5 anos.

Orientações para os pais:

Os seis mandamentos para a segurança infantil:
1-Seja o exemplo para seu filho.
2-Ensine a distinguir os riscos que possa ser assumido daquele que deve ser evitado.
3-Ensine a melhor maneira de enfrentar os riscos que não podem ser evitados.
4-O objetivo é conhecimento e cautela,não o medo.
5-Use o bom senso.Não superestime o seu filho,creditando uma inteligência maior da que ele tem e,também,não o subestime,julgando que ele não seja capaz de pensar por si mesmo.
6-Esteja sintonizado com seu filho.Aquilo que ele é incapaz de fazer hoje,poderá fazê-lo em breve.Jamais diga: “nunca imaginei que ele pudesse fazer isso ou aquilo”.

Dra. Flávia Regina S. Bhering é Pediatra

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Infecção urinária – Quais são os sintomas e como se prevenir?

Infecção urinária é a presença de microorganismos em alguma parte do nosso trato urinário, podendo acometer a uretra, a próstata, bexiga e rins. Geralmente, esses microorganismos causadores de ITU (Infecção de trato urinário), são bactérias, mas ocasionalmente podem também ser vírus ou fungos.
Na maioria dos casos, a infecção urinária se dá pela invasão de alguma bactéria da nossa flora intestinal através das vias urinárias, sendo em mais de 80% dos casos, a bactéria Écherichia coli, responsável pela ITU. Essa invasão é feita pela uretra, podendo a bactéria avançar para a próstata, bexiga até mesmo para os rins. (A intensidade dessa infecção vai depender de diversos fatores como defesa imunológica do paciente e agressividade – ou virulência – do microorganismo). Alguns fatores podem facilitar essa contaminação do trato urinário, entre eles:

• Corpos estranhos: sonda vesical, cálculos (“pedras nos rins”);
• Fatores obstrutivos: Próstata aumentada, estemose de uretra;
• Doenças neurológicas: paraplégicos, bexiga neurogênica (p. ex diabéticos);
• Fistulas genito-urinárias, colostomizados;
• Doenças sexualmente transmissíveis, infecções ginecológicas, gravidez (onde há modificação anatômica do trato urinário e aumento de alguns hormônios que favorece a estase urinária.

O ato de urinar é normalmente indolor e voluntário, portanto qualquer alteração neste sentido deve ser investigada. Entre os sinais e sintomas mais comuns de infecção urinária, estão dor e ardência ao urinar, dificuldade de controlar a urina (urgência), micções muito freqüentes e em pouca quantidade, e alterações no cheiro e na cor da urina (que pode também apresentar pequenas quantidades de sangue). Quando o rim é atingido observamos além destes sintomas, febre, calafrios, dor lombar, cólicas abdominais, náuseas e vômitos, entre outros sintomas sistêmicos. Devemos ter atenção a crianças, idosos e gestantes que costumam apresentar sinais específicos ou mesmo ausência de sintomas representando formas atípicas da doença.
O diagnóstico é quase sempre feito através do exame clínico anunciado a um exame de urina (urina tipo 1 ou EAS), contendo, sempre que possível, uma urinocultura (exame que dirá qual a bactéria causadora bem como os antibióticos adequados para o tratamento).
A ITU é extremamente mais comum em mulheres (com exceção de crianças no primeiro ano de vida, quando pode ser mais comum nos meninos) por um somatório de fatores anatômicos e hormonais (saída da uretra próxima a entrada da vagina, uretra mais curta, flora vaginal, etc.) e também por hábitos de higiene como a passagem do papel higiênico em direção ânus-vagina, o que favorece o transporte de microorganismos intestinais até a vulva.
Algumas atitudes são de extrema importância na prevenção de ITU como ingerir bastante líquido (no mínimo de 2 litros por dia); evitar “prender” a urina (procurando urinar sempre que a vontade surgir); prática de relação sexual protegida; urinar após relações sexuais e evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sem orientação médica. Para as mulheres, procurar limpar-se sempre da frente para trás, após usar o toalete, lavar a região perianal após evacuações; evitar o uso de absorventes internos, bem como a realização de “duchas” (ou “chuveirinhos”). Em idosos, evitar o uso de fraldas sem que exista real necessidade das mesmas.
Por fim, sempre que houver algum sintoma ou sinal clínico que nos leve a suspeitas de infecção urinária devemos procurar um atendimento médico para que sejam feitos o diagnóstico e tratamento corretos, evitando a automedicação e terapêutica mal orientadas.

* Dr. Renato de Carvalhos e Silva Braz é Geriatra

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Saiba mais sobre o Herpes

A Herpes é uma doença muito contagiosa causada pelo Herpesvirus hominis, e se apresenta em 02 tipos:
Tipo 1 (HSV-1), com infecções em face (lábios) e tronco e o Tipo 2 (HSV-2), com infecções em genitália e com transmissão sexual.
Os sintomas da doença são variáveis, dependendo se for primo-infecção (primeiro contato com o vírus), que geralmente pode passar até despercebida e o paciente torna-se portador do vírus sem saber, podendo alguns apresentar sintomas, porém em menor freqüência. Após o primeiro contato com o vírus, ele pode ficar latente, ou seja, “guardado” em gânglios de nervos cranianos ou da medula e cerca de 70 à 90% da população é portadora de vírus sem saber e quando reativado por vários fatores como a queda da imunidade, sol em excesso, emocional, menstruação, ele migra por nervos e retorna à pele ou mucosa produzindo o Herpes recidivante, outra forma da doença.
Geralmente são mais comuns em adultos sendo os lábios local mais freqüente, denominando o Herpes Recidivante Labial. Seu aparecimento em geral é precedido por horas ou dias de discreto ardor, coceira, (comichão), seguido de pequenas bolhas e vermelhidão que ressecam e viram crostas, acompanhadas de mal estar, febre e ínguas.
Outra forma comum para a doença é o Herpes Genital, onde estudos relatam que as mulheres são mais propensas do que os homens.
A primeira infecção geralmente ocorre em adultos, e surge de 05 à 10 dias após o contato sexual, sendo transmitida mesmo com ausência de sintomas ou lesões no parceiro.
Seus sintomas são pequenas bolhas dolorosas, que acometem pênis, vagina ou ânus, acompanhadas de febre, mal-estar, dores musculares e de cabeça, íngua na virilha, dor ao urinar e corrimento.
Para sua prevenção é necessário evitar o contato com lesões como as descritas. Identificar as causas que desencadeiam os surtos recorrentes evitando contato direto com outros objetos usados por pessoas infectadas como copos, talheres, canudos etc...
É imprescindível a indicação de cesariana para gestantes com Herpes Genital. O uso de protetor solar labial reduz a incidência de Herpes Labial relacionado à exposição solar. Para transmissão do Herpes Genital, está indicada a abstinência sexual, que mesmo assim o risco é reduzido e não inexistente e preservativos.
O uso de vacinas para prevenção ainda não está totalmente comprovado, conforme resultados de estudos, ela pode somente proporcionar algum alívio para pacientes com crises frequentes.
O tratamento do Herpes deve ser indicado para todos os pacientes, porque assim se diminui a possibilidade de contágio. Podendo ser feito com cremes ou pomadas, com efeito discreto, sendo necessário o uso com medicamentos antivirais orais e associação de medicamentos para alívio de dor e febre.
O ideal é começar o tratamento o mais depressa possível para que ocorra diminuição do tempo de duração da doença e dos sintomas, por isso em caso de suspeita procure imediatamente seu dermatologista para que ele possa avaliá-la e tratá-la sem que haja riscos e complicações ao paciente.

* Dra. Mariana Nader é Dermatologista

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Tenho um nódulo: pode ser câncer?

O câncer é uma doença maligna com incidência crescente em todo o mundo, e com taxas de mortalidade ainda preocupantes, apesar de grandes avanços no tratamento. O medo da população, portanto é justificado, tornando-se nosso dever cada vez mais, informar e com isso buscar o diagnóstico precoce.
Para a população geral a descoberta de um nódulo, “caroço” ou “íngua” pode muitas vezes representar um pesadelo. Os nódulos são lesões que medem até três cm, e quando maiores que três cm devem ser chamados de tumores. Sendo esta uma divisão meramente didática, a palavra tumor não é sinônimo de câncer. Estas lesões apresentam algumas características clínicas que podem ajudar a classificá-las como benignas ou malignas. As principais lesões benignas são compostas por doenças inflamatórias como infecção de vias aéreas superiores, furúnculos, erisipelas em membros inferiores, que podem levar ao aparecimento de linfonodos aumentados ou “ínguas” na região inguinal, infecção em áreas de pêlo como hidrossadenite (infecção nas axilas), ou foliculites de maneira geral. Estes são facilmente diferenciados de lesões malignas devido à presença de dor e outros sinais inflamatórios como edema, calor, hiperemia nas áreas próximas ao nódulo (ou tumor na dependência do tamanho da lesão) e algumas vezes pela existência de febre. Nestes casos o diagnóstico de câncer está descartado.
Algumas lesões benignas podem ser mais difíceis de diferenciar do câncer, como por exemplo, a Doença da Arranhadura do Gato ou DAG, que é uma das causas mais comuns de linfadenomegalia em crianças e uma causa relativamente comum em adultos e adolescentes. Esta doença se caracteriza pelo surgimento de uma espécie de bolha mais resistente no local de uma mordida ou arranhadura do gato, cerca de três semanas depois do acidente. Esta lesão logo desaparece e depois de mais alguns dias surgem os linfonodos aumentados no trajeto de drenagem linfática daquela área. Estes gânglios aumentados podem levar meses para desaparecer, mas isto acontecerá espontaneamente, não havendo perigo para o indivíduo sadio. A preocupação com esta doença existe apenas para os pacientes portadores de deficiência imunológica, como por exemplo, os portadores do HIV.
Muitas vezes, porém, a permanência desses gânglios levará á realização de biópsia, que é a retirada cirúrgica do linfonodo para estudo e diagnóstico de certeza, pois o nódulo não apresenta sinais inflamatórios, dificultando o diagnóstico clínico de doença benigna.
E finalmente, os nódulos ou tumores com alto índice de suspeição para neoplasia maligna ou câncer são aqueles indolores, aderidos a planos mais profundos que a pele como músculos e tecido subcutâneo, muitas vezes com crescimento perceptível pelo paciente. Algumas das neoplasias que cursam comumente com o aparecimento de nódulos palpáveis são os linfomas, o câncer da região da cabeça e do pescoço e o câncer de mama. O linfoma é o câncer do sistema linfático, e neste caso poderão estar associados ao nódulo sintomas como perda de peso, sudorese profusa, desânimo, palidez cutânea entre outros. Outra condição comumente associada ao linfoma é a existência de dois ou mais nódulos e algumas vezes em locais diferentes como, por exemplo, axila e virilha. Nestes casos a suspeita clínica de câncer se torna mais evidente. Nos casos mais iniciais em que poderá haver apenas um nódulo o desafio é grande, e a recomendação é de se indicar biópsia para nódulos persistentes. O câncer de cabeça e pescoço ocorre principalmente, mas não exclusivamente, em tabagistas. Poderá haver o surgimento de um nódulo no pescoço concomitantemente a alguma alteração na boca como uma ferida ou somente dificuldade para engolir os alimentos. Esta é uma situação de alerta, devendo o paciente procurar imediatamente ao serviço de saúde. Quanto ao câncer de mama, o mais comum é a observação pela paciente de uma lesão mamária, que normalmente é indolor. Neste caso também o pronto estabelecimento de propedêutica através da realização de exames como mamografia e ultra-som, e também o exame clínico realizado pelo mastologista são de fundamental importância. Após esta avaliação inicial irá se definir sobre a necessidade de realização de biópsia.
Portanto, nem todo “caroço” é câncer, mas infelizmente não há parâmetros clínicos completamente seguros para se afastar tal hipótese, e devemos estar atentos ao nosso corpo, valorizando e conhecendo cada detalhe para sermos capazes de detectar alterações em fases iniciais e assim termos a oportunidade de receber um diagnóstico precoce, o que no caso do câncer fará toda a diferença.

* Dra. Heloisa Resende é Oncologista

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Opinião: Corrupção na doação de Órgãos

É muito estranho saber que a palavra “CORRUPÇÃO”, ultimamente, tem sido associada a DOAÇÃO DE ORGÃOS, pois estamos acostumados a vê-la associada a atitudes sem nenhum vínculo afetivo.
Agora, vê-la associada a um GESTO ou ATITUDE de solidariedade e amor ao próximo é o fim dos tempos.
Mas enfim, vivemos num mundo moderno de constantes transformações. Vivemos numa busca constante de soluções e melhorias, porém há situações em que apenas com um gesto ou uma atitude, podemos mudar o rumo de uma outra vida.
Uma destas Atitudes é a DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, onde encontramos uma fila considerável de pessoas que aguardam pelo simples gesto de amor e solidariedade.
Doar é sem dúvida o maior ato de amor ao próximo, onde entregamos uma parte de nossos entes queridos e até de nós mesmo, para proporcionar uma vida normal a um desconhecido.
O número de doações tem aumentado nos últimos anos, mas ainda está muito fora de nossas necessidades. No Brasil, temos poucos doadores, o que causa mais esperas e sofrimentos para as pessoas que esperam o dia de serem transplantados.
Diante da necessidade de aumentar o número de doações é fundamental identificar as motivações e percepções das pessoas a respeito das doações. Sabemos que hoje as pessoas têm medo de serem doadoras por diversos motivos: a desinformação da população, a corrupção e tráfico de Órgãos, a religião, além dos valores morais e pessoais.
A informação escassa vai ao encontro de crendices, facilitando as opiniões contrárias às doações.
Além disso, muitas vezes a publicação de matérias na mídia sobre o tráfico e venda de órgãos, confunde a população, sem comprovação da ocorrência, deixando dúvidas sobre o verdadeiro destino do órgão captado, lançando até mesmo suspeitas sobre o diagnóstico de morte cerebral, fazendo com que a credibilidades da comunidade médica seja posta em XEQUE, fator que fica em evidência quando o assunto é corrupção e Tráfico de órgão.
Culturalmente, estamos acostumados a “dar um jeitinho” para solucionarmos nossos problemas, e por causa disto vivemos em constantes escândalos envolvendo corrupção para venda e tráfico de órgãos.
Nota-se que a DOAÇÃO DE ÓRGÃOS não está culturalmente inserida em nossas vidas, pois vivemos com valores fortalecidos pelas crenças, pela corrupção e pelos próprios valores pessoais e que fortalece o medo da DOAÇÃO.
Portanto, é necessário que as autoridades façam algo para resgatar a credibilidade, ocasionada pela falta de informações, propondo soluções para o problema que nos aflige, atuando com ética para que os nossos interesses sejam atendidos, diminuindo assim o sofrimento de diversas pessoas que aguardam na fila de espera.

Márcia Amorim é Gerente Administrativa

Retinopatia da Prematuridade

A retinopatia da prematuridade (RP), foi descrita pala primeira vez por Terry em 1942. É uma doença vasoproliferativa, de etiologia multifatorial, que acomete a retina de recém – nascidos (RN) prematuros que pode levar a perda da visão, devido a um descolamento de retina. Além do peso ao nascimento, e da idade gestacional, também são possíveis fatores de associados a presença de retinopatia da prematuridade, os níveis de oxigênio, vitamina E, ferro, luminosidade excessiva e presença de hemorragia intra ventricular.
A parti dos anos 80, devido o avanço da tecnologia aplicada a medicina e à melhor assistência neonatal , a sobrevida de prematuros de baixo peso aumentou em 4 vezes ou mais. A sobrevida de RN com peso de nascimento menor que 1.000g passou de 8 para 33% e daqueles que apresentam 1.000-1.500g de peso de nascimento ocorreu o aumento da sobrevida em 81%.Isto refletiu-se numa maior freqüência de RP.
Um terço das crianças com peso menor que 1.500g ao nascimento podem apresentar RP. Das crianças pesando menos de 1.251g ao nascer 65,8% podem desenvolver RP, enquanto 81,6 % das com menos de 1.000g podem ser acometidas. Dos recém-nascidos com peso entre 1001-1.500 2,2% desenvolverão alterações cicatriciais como complicação de RP e 0,5% ficarão cegos.
Os estudos na doença mostram que o oxigênio e a imaturidade retiniana são os 2 fatores de maior risco para RP. Embora o oxigênio tenha sido tradicionalmente apontado com fator etiológico da RP, estudos mais recentes tendem a demonstrar a etiologia multifatorial da qual o oxigênio faz parte .A imaturidade da retina é avaliada pela idade gestacional e peso ao nascer. A prevalência da RP, é inversalmente proporcional em relação a esses fatores. Assim, crianças com peso de nascimento inferior a 1.000g, apresentam risco 15 vezes maior de desenvolver RP quando comparadas com RNs de maior peso. Crianças com idade gestacional abaixo de 30 semanas, apresentam risco 6 vezes maior de desenvolverem RP do que de maior idade gestacional.
Para diagnósico e conseqüente prevenção da doença, é seguido o protocolo americano do “CRYO-ROP STUDY GROUP”, que preconiza o primeiro exame de mapeamento de retina com 4 semanas de vida, mesmo com recém-nascido ainda na UTI neonatal. Caso evolua favoravelmente, deverá ser reexaminado a cada 2 semanas , caso contrário, semanalmente, até a vascularização de toda retina.
Evoluindo desfavoravelmente com risco de descolamento de retina, deverá ser encaminhado para cirurgião de retina e vítreo que realizará o tratamento preconizado para evitar a perda da visão do prematuro. O tratamento indicado nos casos em que a retina encontra-se ainda aplicada, é com crioterpia, que consiste em um congelamento da retina doente ou fotocoagulação com laser de diodo que tem o mesmo objetivo de tratar a retina e evitar que ela evolua para um descolamento de retina. Em casos que a retina já apresenta-se descolada, é necessário uma cirurgia vítreo retiniana com resultados muito reservados.
No Brasil, recomenda-se o exame de prematuros com menos de 32 semanas de vida, ou peso inferior a 1.800g.
O desenvolvimento de equipamentos modernos em UTIs neonatais no Brasil, tem proporcionado a sobrevida de bebês com idades gestacionais cada vez menores e peso de nascimento cada vez mais baixos. A falha no encaminhamento precoce pelos pediatras, e a falta de preparo de muitos oftalmologistas para fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento apropriado, são provavelmente os fatores responsáveis pela enorme quantidade de bebês cegos anualmente no Brasil por retinopatia da prematuridade. A RP é a segunda maior causa de cegueira infantil do País, perdendo apenas para o glaucoma congênito.

* Dr. Adriano Martins é Oftalmologista

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Conheça todos os tipos de "Adoçantes"

Os adoçantes são produtos utilizados para adoçar, de uma maneira até mesmo maior que o açúcar branco. São recomendados para pacientes com restrição a glicose, como os diabéticos e também para pessoas com restrição de calorias.
São conhecidos alguns tios de adoçantes como os calóricos e os não calóricos.

*
Não calóricos

Sacarina, Ciclamato, Aspartame, Acesulfame, Stévia.
Estes foram descobertos a alguns anos. Têm poderes bem fortes de adoçar, alguns até 200 vezes mais do que o açúcar branco. Muitas pesquisas são feitas desses adoçantes, por alguns estarem associados a doenças como o câncer, porém nada ainda foi comprovado cientificamente. Esses adoçantes não causam cáries. O sabor característico é um leve amargor residual com exceção do aspartame. O mais indicado para preparações ao fogo é e acesulfame.

*
Adoçantes Calóricos

Frutose, Xylitol, Sorbitol e Manitol, SucraloseA frutose um adoçante natural e encontrado nas frutas e no mel, causa cáries, contém calorias que podem prejudicar a dieta se não consumida conforme orientação nutricional.
Xylitol, Sorbitol e Manitol, são utilizados em fábricas de balas e gomas de mascar porém não causam cáries. Também utilizados em fabricação de produtos dietéticos.
Os adoçantes também possuem calorias o que torna um indivíduo equivocado quando se trata de dieta para emagrecimento. O uso sem orientação do adoçante torna-o calórico dependendo da dosagem utilizada. O que muitas pessoas não sabem é que podemos sim usar o açúcar mascavo, o mel e até mesmo o açúcar cristal, em dosagem de 1 colher de café para 5 gotas de um adoçante .
Alguns pacientes devem ficar atentos as quantidades de sódio presentes nos adoçantes, como é o caso dos hipertensos e pacientes renais. Mas, e as crianças? Não é indicado o uso dos adoçantes. As crianças que estão precisando restringir as calorias devem procurar um profissional para que faça uma dieta balanceada mesmo com o uso do açúcar.

* Renata Braga é Nutricionista

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Tire suas dúvidas sobre Curativos

Curativo é o tratamento dado a uma ferida/lesão que visa a proteção contra a ação de agentes a fim de prevenir uma contaminação,tendo como objetivo reduzir, prevenir e/ou minimizar os riscos de complicações decorrentes.
O curativo tem por finalidade de tratamento a facilitação da cicatrização além do alívio da dor pela remoção de secreções e por facilitar drenagem.

Como cuidar de uma Lesão/Ferida?

Antes da seleção e aplicação de um curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como esta ferida foi produzida, dos fatores locais e sistêmicos e da presença de exsudato( presença de processo inflamatório), como forma de agilizar o processo de cicatrização e proteger a ferida.
O 1º Passo do curativo é a Limpeza, que tem por objetivo a remoção de sujidades, e excesso de secreções, além de reduzir o número de microorganismos evitando processo infeccioso.
As feridas devem ser limpas do mais contaminado para o menos contaminado, para evitar contaminação da área da ferida que já está em processo de cicatrização.

Produtos Padronizados mais utilizados para Curativos

Produto e Indicação

• Soro fisiológico 0,9% - Limpeza da ferida, mantém a umidade.
• Álcool a 70% - Promover anti-sepsia da ferida, remover a flora bacteriana local, diminuindo assim o aumento do número de bactérias.
• Dersani - Protege, hidrata o leito da ferida, restaura a pele na formação de tecido de granulação(novo tecido, processo de cicatrização).
• Colagenase - Promove a retirada do tecido necrótico superficial por ação enzimática sem afetar o colágeno de tecido sadio ou de granulação(novo tecido, processo de cicatrização).
• Carvão Ativado - Tem ação de absorção. Bactericida e desodorizante.

Classificação dos Curativos
Seco

Confeccionado apenas para a isolar a lesão. Ex: ferida operatória;

Úmido

Caracteriza-se pelo uso de medicamentos para o tratamento da lesão. Ex: feridas profundas ulcerosas.

Classificação das Lesões

De acordo com a presença ou não de microorganismos, podem ser:

a) Ferida asséptica: Efetuada por meio de métodos assépticos por ex. ferida operatória;
b) Ferida séptica: São as lesões contaminadas ocasionadas por acidentes, Ex. ferimento ocasionado por um prego, vidro, latas, etc.

De acordo com a presença ou não de rutura da superfície da pele ou mucosa, podem ser:
a) Lesão Fechada: São ferimentos produzidos por uma ação brusca. Ex. traumatismo;
b) Ferida Aberta: Há rutura da pele ou mucosa, deixando os demais tecidos em contato com o meio externo. Ex: escoriações com rutura da pele, úlceras por pressão, úlceras varicosa, esfolados ocasionados por quedas etc.

De acordo com a maneira que ocorrem:
a) Feridas Incisas: provocadas por instrumento cortante, apresentando os bordos lisos e os tecidos circunvizinhos intactos. Ex: ferida operatória;
b) Ferida Contusas: Ocasionada por quedas e pancadas, os tecidos circunvizinhos ficam traumatizados, havendo com o ferimento pequena hemorragia, dificultando a cicatrização;
c) Ferida Perfurante: Ocasionada por instrumentos pontiagudos, e profunda, podendo atingir órgãos, apresentam hemorragia difícil de ser controlada;
d) Feridas Laceradas: São os esmagamentos ocasionados pelos acidentes com maquinas, onde os tecidos são rasgados, apresentam pouco sangramento, pois os vasos sanguíneos ao serem cortados são torcidos;
e) Feridas Tóxicas: Resultante de picada ou mordida por animal ou inseto. Ex: picada pela abelha, etc.

Tipos de Curativos

O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustiva com solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras.
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente ,e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas (presença de processo inflamatório), absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável.
Curativo oclusivo: Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida.
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a Estase (diminuição do fluxo sanguíneo) e ajudar na aproximação das extremidades da lesão.
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são exemplos deste tipo de curativo.

* Camila Fernanda é Enfermeira



Dores do bebê... Como evitá-las?

Choro do bebê é sempre angustiante. Nada melhor do que procurar manter uma boa interação com o seu filho, de modo a perceber o que ele está querendo dizer, pois chorar é o meio encontrado para se expressar, de dizer que está com fome, sono, irritado, com dor ou, simplesmente uma reação ao excesso de estímulos recebidos no decorrer do dia.
Recomenda-se, paciência e tranqüilidade para identificar o motivo e não agravar mais ainda com estresse desnecessário. Comece avaliando cada possibilidade.

Fome

Como o bebê mama com maior freqüência nas primeiras semanas de vida, a mãe pode ficar insegura achando que o seu leite é fraco, o que não é verdade. São várias situações, como posição inadequada do bebê ao mamar ao seio materno, pega errada, abocanhando só o bico do peito sem envolver a auréola, daí não esvaziando os canais de leite, satisfatoriamente, e, até mesmo, exacerbação do reflexo primitivo do bebê, chamado reflexo da procura, onde sempre que se esbarra nos cantos dos lábios, ele volta a cabeça como se estivesse procurando mamar.

Sono

Muitas vezes, o bebê quer dormir, não consegue e se irrita.
Será que o ambiente está calmo, sem ruídos em excesso? Ou, ao contrário, agora está calmo, mas ele foi muito estimulado no decorrer do dia, muita visita, muito colo, muitas brincadeiras etc. TV, rádio, aparelho de som, telefone e gente falando alto podem deixá-lo irrequieto, e, mais tarde, dificultar o sono


Calor / Frio

Tanto o excesso de agasalhos quanto a falta deles, podem levar ao desconforto térmico, gerando irritabilidade e choro.
Alguns pais tendem a colocar muita roupa nos bebês, o que pode provocar febre, sonolência, moleza e, até mesmo, desidratação.

Limpeza

Quem gosta de ficar sujo ou molhado? O bebê certamente, não. Pode ficar irrequieto, choroso. Além do mais, a continuidade do atrito das fraldas em áreas úmidas da pele sensível do bebê, em contato com resíduos de amônia, das fezes e urina, pode levar a assaduras, dolorosas e irritantes. Assim, manter a higiene a cada troca, lavando bem o local antes da aplicação da pomada usual, preventiva.

Cólica

Uma das primeiras manifestações de dor no recém-nascido é a tão temida cólica. Algumas medidas simples são importantes para evita-las:

•  Ofereça ao bebê somente leite materno até os seis meses de idade, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos;
•  A partir do seis meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais, conforme a orientação pediátrica.
•  Oferecer as mamadas sem rigidez de horário, amamentando o bebê sempre que ele der sinais de fome, evitando que ele chore e fique agitado pela demora em receber o alimento.
•  Amamentar é um momento mágico, em que o ideal é que haja total interação entre a mãe e o bebê, procurando manter o ambiente calmo, sem barulhos e distrações desnecessárias. Evite, também, brincadeiras excitantes com o bebê antes e logo após as mamadas.
•  Cerca de meia hora após a mamada, coloque o bebê em posição ereta, de pé no seu colo, olhando por cima dos seus ombros, mantendo suas costas apoiadas com a mão e batendo levemente nas costas para que ele arrote, eliminando o ar deglutido durante a mamada, que pode distender o abdômen e provocar cólica.
•  Se a criança parece estar satisfeita, não insista para que continue a mamar contrariando a sua vontade.
•  Mamar deitado, nem pensar!
•  Procure coloca-lo para dormir com o tronco levemente inclinado, deitado para o lado esquerdo, propiciando melhor esvaziamento gástrico. Não coloca-lo nem de bruços, nem de barriga para cima.
• Procure facilitar a eliminação de gases e/ou fezes para aliviar a cólica. No entanto, ao fazer exercícios colocando o bebê deitando de costas e flexionando suavemente suas pernas, deve-se tomar cuidado para não comprimir demais as pernas sobre o adomen, porque nessa situação ao apertar a barriga, estaríamos comprimindo o estômago, e, daí, regurgitações, vômitos, irritabilidade; ou seja, manifestações de refluxo gastro-esofágico, que exacerbariam as crises de dor.
• Se o bebê estiver com uma crise de cólica (chorando muito de forma inconsolável, encolhendo e estimulando as pernas), coloque-o no seu colo deitado de barriga para baixo - "barriga com barriga". Caso, não melhores, coloque uma fralda um pouco aquecida ou uma bolsa de água morna sob a barriga.
•  A cólica raramente persiste depois dos 3-4 meses de idade. Quando o bebê dormir, procure descansar também. Peça que outras pessoas a ajudem a cuidar do bebê se estiver muito cansada.
• Se, a despeito das medidas acima, seu bebê persistir chorando muito, procure seu pediatra para que ele o examine e o oriente.
• Se o bebê estiver recebendo mamadeira (prefira sempre o copinho), certifique-se que o buraco do bico da mamadeira não esteja muito grande, caso contrário ele mamará muito rápido e engolirá ar em excesso.

Uma outra situação que também tira o sono da criança e dos pais é a dor de ouvido (otalgia).

•  Existe um pequeno canal que comunica o nariz e o ouvido, chamado tuba auditiva; assim, se o bebê permanece muito tempo com obstrução nasal, a aeração deste canal será prejudicada, gerando pressão e infecção nos ouvidos.
• As medidas anti-refluxo gastresofagiano, como as citadas anteriormente (leite materno exclusivo, não amamentar deitado, manter cabeceira elevada, posição lateral ao dormir) são eficazes na prevenção da otalgia.
• Também, nesse caso, o aleitamento exclusivo nos primeiros meses de vida, é fator preponderante para evitar tal sofrimento.

Receitas caseiras

• Esquente um pano com ferro morno e coloque-o na barriga da criança.
• Flexões das coxas sobre o abdome ajudam na eliminação de gases.
• Dê um banho.
• Faça uma massagem suave na barriga.
• Coloque uma música calma.
• Converse com ele. A voz da mãe tranqüiliza a criança.
• Ponha-o no colo e embale-o.
• Coloque-o em contato com a pele - a respiração e o cheiro da mãe o ajudam a se lembrar do útero e a se acalmar.

* Dra. Efigênia Vanda de Jesus é Pediatra

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Faxina no organismo

O organismo precisa de repouso e alimentação adequada para recuperar a agressão das festas de fim de ano. A dica é ingerir alimentos leves no café da manhã ou lanche, como queijo branco, pão integral, café, leite ou iogurte desnatado, que pode vir acompanhado de granola e frutas, a ingestão de líquidos durante todo o dia deve ser a preocupação para quem quiser mesmo fazer a desintoxicação.
A chegada do Natal e do Ano-Novo é apenas o começo de uma sequência de abundâncias gastronômicas. Nas férias, os veranistas aproveitam o clima relaxado e descontraído e acabam descuidando da alimentação. Sorvetes, doces, frituras e guloseimas à beira-mar passam a fazer parte do cardápio de muitas pessoas. Para uma boa desintoxicação, a indicação é a água de coco e sucos de frutas.
Outra boa dica é que se evite a carne vermelha nos dias seguintes às ceias. Chás como camomila e erva doce também são auxiliadores. Para quem exagerou na bebida:
– Se hidratar e consumir alimentos fontes de magnésio, como por exemplo, um suco verde elaborado com couve e água de coco. O gengibre também é um bom auxiliador. Para se sentir melhor no dia seguinte, usar frutas para repor micronutrientes.
Em primeiro lugar, uma boa hidratação é fundamental – a água é um grande auxiliador tanto para hidratação quanto para desintoxicação, mesmo fazendo uso de refrigerante ela é insubstituível. Frutas e hortaliças também são alimentos importantes. Carnes preferir as brancas que tem melhor digestibilidade. Cereais em menor quantidade, e preferir os integrais.
Outra dica de suco para ajudar na desintoxicação é de melancia, ou melão batido com semente, suco de couve com laranja. E muita fruta e hortaliça.
A caipirinha é "obrigatória”, a caipirinha é calórica, pois junto a ela vem uma boa dose de açúcar. Normalmente as pessoas caminham mais quando estão na praia e isto é um fator que auxilia a gastar o que veio a mais de calorias com a caipirinha. Outra dica é reduzir algum alimento para compensar as calorias. Um copo de caipirinha corresponde a um pequeno sanduíche.
A verdade é que tudo são dicas para ajudar, mas o organismo por si só já vai se adaptando a esses excessos. Curta as festas, aproveite das receitas e comece 2011 com muita saúde.

* Renata M. David Braga é Nutricionista

sábado, 4 de dezembro de 2010

Projeto “Palestras de Medicina Preventiva” continuará em 2011!

Este ano realizamos palestras importantes e interessantes, para o público da nossa região. Nossos agradecimentos são para a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda, e o Grupo GAPC, que nos ajudaram a divulgar este projeto, que acontece mensalmente no hospital.

Ano que vem teremos mais novidades! Aguardem...

Driblando o estresse no dia-a-dia

Segundo Hans Seyle (pesquisador canadense) a palavra estresse, termo emprestado da física, foi empregada para descrever “uma ameaça real ou potencial a homeostasia”. Seyle descreveu os sintomas do estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, o qual é composto de três fases: alarme, resistência e esgotamento; após esta última fase observou-se o aparecimento de diversas doenças significantes, como hipertensão, úlcera, atrites, etc...
Podemos dividi-lo em dois tipos básicos: crônico, que afeta a maioria das pessoas, e agudo, causado por situações traumáticas (passageiras).

Natureza do estresse

Ele pode ser de natureza física, psicológica ou social, sendo composto de um conjunto de reações fisiológicas capazes de alterações significativas no organismo, causando prejuízos potenciais no mesmo.
Natureza física:
Estudos têm-se feito para verificar a importância de sua interpretação subjetiva e seus reflexos no organismo. O excesso de estresse pode causar desde dores pelo corpo até sérios sintomas como hipertensão e problemas cardíacos. A repercussão no sistema cardiovascular, seria um desses estudos, estando sujeitas às influências neuro-humorais, havendo um aumento da freqüência cardíaca, da contratrilidade, débito cardíaco e consequentemente uma elevação da pressão arterial sistêmica.
Natureza psicológica ou social:
A vivência desse estresse se caracteriza por perdas, seja ela da auto-estima, perda de pessoas e situações, como por exemplo a perda de um emprego. Isso leva a pessoa a um sentimento de tristeza, baixa auto-estima, isolamento etc...,podendo levá-lo até mesmo a depressão. O quadro mais grave poderíamos dizer que seria quando a pessoa perde o controle de si mesma, comprometendo sua integridade física, psíquica e social.

Bom/Mau estresse (distresse)

O bom seria quando a pessoa o utiliza para seu próprio benefício, levando-a ao desafio e auto-motivação, com isso melhoram seu desempenho pessoal e aumenta a sensação de bem-estar.
O mau-estresse, ou distresse, seria quando a pessoa não consegue utilizá-lo em benefício próprio, devido a sobrecarga, ele é maléfico e gera grande tensão, levando a pessoa a um desânimo, chegando até mesmo a depressão.

Possíveis saídas para evitar ou controlar o estresse

1. Deve-se fazer uma alimentação balanceada;
2. Fazer atividades físicas, principalmente as que lhe dão prazer;
3. Planejar sua vida, dando espaço não só para sua profissão como também para o lazer, que em uma situação de estresse será um ponto fundamental;
4. Aprender a dividir seus problemas, procurando um terapeuta;
5. Visitar seu médico regularmente, para que ele possa sinalizá-lo ou acompanhá-lo.

Estilo de Vida/Estresse/Trabalho

Levar uma vida sedentária é um risco maior que se esperava de doenças cardíacas, segundo uma pesquisa divulgada pela Fundação Britânica para o Coração (British Heart Foudation), assim como fumar, consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, todos são grandes colaboradores para futuros problemas cardíacos.
O estresse no trabalho vem se tornando cada vez mais comum na vida das pessoas, afetando pelo menos um terço dos homens e mulheres. Se por um lado o trabalho pode ser visto como atividade produtora ontológica, constituinte da identidade do sujeito, assumindo um papel essencial para assegurar a auto-estima, por outro, seu excesso desmedido contribui para propensas doenças.
Quando o trabalho é excessivo, ele é visto como sofrimento, ou de um “suposto” prazer, podendo ocorrer determinadas patologias sociais, que com isso promovem patologias individuais, caracterizadas por desordem psíquicas, reveladas por meio de determinados sintomas. Existem também indivíduos que já tem alguma desestrutura psíquica, ou melhor, uma predisposição a determinados tipos de doenças, que o trabalho se torna apenas um desencadeante, fazendo com que haja uma aderência da patologia individual à social.
É importante estarmos sempre atentos para esses sinalizadores. A existência do estresse está relacionada concomitantemente a presença de um conjunto de indicadores, e não somente de sintomas isolados, fazendo-se primordial um diagnóstico clínico, para o acompanhamento, tratamento e eficácia do mesmo.

* Jacqueline C. Villela é Psicóloga

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Saiba mais sobre o Mal de Alzheimer

Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento da medicina, associados às melhorias das condições de vida, vêm ocasionando um envelhecimento progressivo da população mundial. Esse fato vem sendo observado nos países desenvolvidos há mais um século e ocorre de forma especialmente rápida em nosso país. Em 1950 existiam aproximadamente 214 milhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo e estima-se que serão mais de 1 bilhão em 2025. Essas mudanças no perfil populacional fazem com que aumentem a cada dia a incidência e prevalência de doenças relacionadas ao envelhecimento, expressados em uma grande parcela por portadores de Doença de Alzheimer. Dados atuais estimam que o número de pacientes no Brasil seja de aproximadamente 1 milhão e 200 mil e cerca de 18 milhões e m todo o mundo.
A Doença de Alzheimer (também conhecida por Demência de alzheimer) é uma doença degenerativa, progressiva, de causa ainda desconhecida, que acomete o cérebro causando em suas fases iniciais: diminuição da memória (principalmente memória para fatos recentes), declínio no desempenho das tarefas cotidianas, mudanças na personalidade, dificuldades no aprendizado e em habilidades de comunicação, desorientação têmporo-espacial (não saber por vezes que dia é hoje, ou onde está...) e diminuição do senso crítico. É muito importante que o diagnóstico seja feito numa fase inicial da doença para que as intervenções tanto farmacológicas quanto não-farmacológicas possam realmente ter feito na evolução da doença. O grande problema é que esses pequenos distúrbios do dia-a-dia vão sendo encobertos pelo paciente, que com o passar do tempo vai se adaptando às dificuldades de memória e planejamento, e também pelos familiares que geralmente atribuem ao envelhecimento estas alterações. O idoso portador de demência dificilmente procura atendimento por suas queixas de memória, pois para ele não há nada de errado, tendendo sempre a arranjar “desculpas” para as falhas apresentadas. Comum são os esquecimentos de panelas no fogão, portas abertas, errar destinos e idéias de roubo em consequência do frequente desaparecimento de objetos pela casa (por não lembrar-se de onde os colocou!).
O diagnóstico de Demência de Alzheimer é eminentemente clínico, sendo que ainda não temos um marcador que confirme ou exclua a doença. Após uma anamnese minuciosa e uma investigação precisa do comportamento dessa pessoa nos últimos meses, são aplicados testes diagnósticos onde são avaliados a memória, bem como outras áreas do funcionamento cerebral. Posteriormente a esse exame inicial, geralmente procede-se a um rastreio laboratorial e de imagem (através de tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética) para descartar outras possíveis causas de demência, sendo portando este um diagnóstico de Exclusão.
Infelizmente ainda não existe uma cura para a Doença de Alzheimer, a grande maioria dos medicamentos existentes até hoje visa brecar a evolução da doença estabilizando o quadro, bem como tratar as alterações comportamentais que acompanham a doença durante seu curso e que são causa de grande desgaste tanto para o paciente quanto para seus cuidadores e familiares. Tão importante quanto os remédios são as terapias não-farmacológicas que visam reabilitar o idoso demente e preservar ao máximo suas funções e seu grau de independência. Portanto para um adequado acompanhamento de uma pessoa com Doença de Alzheimer, geralmente se faz necessária uma equipe interdisciplinar (com médico, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, enfermeiro, entre outros).
Apesar de todas as alterações na personalidade e no comportamento de uma pessoa com alzheimer, é preciso que os familiares tenham sempre em mente que a essência daquela pessoa ainda está preservada, que seus gostos e vontades ainda continuarão os mesmos, usando essa forma de pensar diante de todas as condutas e atitudes que serão tomadas com esse paciente, tratando-o sempre da forma como ele gostava de ser tratado e respeitando seus gostos e suas preferências, para que esta fase turbulenta - tanto para os familiares, quanto para o próprio paciente - possa ser enfrentada da melhor maneira possível, com paciência e humanidade.

* Dr. Renato de Carvalhos e Silva Braz é Geriatra